Muitas pessoas associam o chamado “cheiro de velho” à falta de higiene, mas essa ideia é equivocada. Na verdade, o odor peculiar que alguns idosos exalam tem uma explicação científica. Tal fenômeno é comparável ao cheiro único dos bebês, e não está relacionado diretamente com hábitos de limpeza.
Pesquisas indicam que o “cheiro de velho” surge devido a alterações internas no organismo.
Um estudo do Monell Chemical Senses Center, por exemplo, publicado na revista Nature, aponta que pessoas acima de 40 anos apresentam níveis elevados de um composto chamado 2-nonenal, um elemento químico presente no suor e na pele e responsável pelo odor característico.
Idosos têm odor característico devido a alterações geradas pela idade – Imagem: reprodução/Andrea Piacquardio/Pexels
Compreendendo cheiro diferentes dos idosos
O 2-nonenal é descrito como um cheiro semelhante a grama e gordura e é gerado pela interação das glândulas écrinas, sebáceas e apócrinas. De maneira surpreendente, tal cheiro não é considerado dos mais desagradáveis, segundo voluntários de um estudo.
O odor começa a ser percebido por volta dos 30 anos, pois mudanças internas e a degradação do microbioma da pele resultam na liberação de componentes voláteis, como cetonas, álcoois e aldeídos, responsáveis pelo aroma peculiar.
Estratégias para atenuar o odor
Embora o cheiro não seja dos mais intensos, é possível mitigá-lo com alguns métodos caseiros:
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Aloe Vera: aplique gel de aloe vera nas axilas após o banho e antes de se vestir;
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Bicarbonato de sódio: misture com água e talco para criar um desodorante natural, junto de óleos essenciais, como óleo de coco;
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Vinagre de maçã: utilize em partes do corpo como os pés, diluído em água na proporção de 1 parte de vinagre para 2 de água, isso garante a aplicação segura em peles sensíveis.
O “cheiro de velho” resulta de alterações biológicas naturais com a idade, e não da falta de higiene. Felizmente, há maneiras simples e naturais de reduzir esse odor e trazer mais conforto e bem-estar aos idosos.
