Em um mercado onde o passado e o presente se entrelaçam, as antigas cédulas e moedas de R$ 1, que um dia foram comuns no dia a dia dos brasileiros, agora chamam a atenção de colecionadores.
Peças antes triviais são transformadas em valiosas relíquias, o que gera um interesse crescente entre investidores e estudiosos do mundo numismático. Mas o que torna tais cédulas tão especiais?
Cédula de R$ 1 impressa em 1994, no início do Plano Real – Imagem: Wikipédia
Nota de R$ 1 real pode valer até R$ 12 mil
Lançadas em 1994, com o Plano Real, as cédulas de 1 real fazem parte da história econômica do Brasil. Contudo, em 2005, elas foram substituídas por moedas e logo se tornaram peças raras. Hoje, suas características específicas, como série, cor, assinatura e estado de conservação, determinam seus valores elevados no mercado de colecionadores.
Uma cédula de R$ 1 real valiosa, capaz de atingir os R$ 12 mil, deve apresentar atributos únicos, como ser verde e exibir a Efigie da República e um beija-flor. Além disso, as letras “BA” na série e as assinaturas de Pedro S. Malan e Gustavo J. L. Loyola também aumentam seu preço, e as cédulas entre as séries B0001 e 0072A são especialmente procuradas e podem chegar a R$ 440.
Mas o valor final ainda depende do estado de conservação, pois peças com sinais de desgaste intenso não alcançam grandes valores, ao contrário dos exemplares sem nenhum sinal de uso, que podem chegar a valores máximos.
Assim, cédulas fora de circulação ganham novo destaque, especialmente aquelas com erros de impressão e preservadas em Flor de Estampa, classificação que aponta uma peça sem desgaste algum.
Um exemplar de 1944 pode alcançar R$ 1.700, enquanto um de 2003 chega a R$ 2.000. Peças com erros de corte também são cobiçadas, com valores de até R$ 3.500.
Para os colecionadores, a proteção contra umidade, luz solar e o manuseio correto são indispensáveis para garantir o valor da relíquia, o que pode ser concretizado com capas plásticas e estojos adequados para a preservação.
Vender cédulas e moedas raras exige cautela. É fundamental pesquisar o valor de mercado, proteger as peças durante o transporte e escolher compradores confiáveis. O mercado numismático é dinâmico e os preços podem flutuar, o que demanda atualização constante.