O Brasil é conhecido por sua vasta extensão territorial, mas já pensou como seria se o país fosse dividido em 39 estados? Atualmente, o território brasileiro possui 26 estados mais o Distrito Federal, mas diversas propostas já foram apresentadas para aumentar esse número.
A história das separações estaduais remonta ao século passado, quando a cidade de Campo Grande foi designada capital do recém-criado Mato Grosso do Sul em 1977. Desde então, movimentos semelhantes sugerem a criação de outros novos estados.
A divisão de territórios tem como base questões históricas, culturais e econômicas. No caso do Mato Grosso do Sul, o desmembramento foi oficializado pela Lei Complementar nº 31, permitindo ao novo estado sua própria identidade e administração.
Outras propostas ao longo dos anos buscam solucionar desafios semelhantes enfrentados por diferentes regiões brasileiras. A legislação atual, no entanto, exige plebiscitos e a aprovação do Congresso Nacional para oficializar tais mudanças.
Casos emblemáticos de desmembramentos propostos
O Tocantins, cuja capital é Palmas, é um exemplo emblemático de desmembramento ocorrido em 1988, destacando-se pela vinculação comercial com o Maranhão e o Pará.
Em 2011, uma proposta para dividir o Pará em três estados foi rejeitada em plebiscito. A ideia era criar Tapajós e Carajás, deixando a capital Belém no Pará remanescente. Embora não tenha sido aprovada, o projeto ilustra a complexidade de tais divisões.
Mais algumas propostas de divisão:
- No Piauí, a ideia era formar um estado chamado Gurgueia, ocupando 60% do território, mas não houve votação no Congresso para debater a ideia;
- O Maranhão poderia ser dividido com a criação do Maranhão do Sul, mas a proposta não avançou;
- A proposta para o Mato Grosso era criar três estados: Araguaia, Mato Grosso e Mato Grosso do Norte;
- Minas Gerais poderia ser dividido para criar o estado do Triângulo.
Outras iniciativas regionais e suas motivações
Essas propostas refletem a busca por autonomia e melhor gestão territorial. No Mato Grosso, por exemplo, a distância de algumas cidades até a capital, Cuiabá, motiva tal divisão.
Já no Mato Grosso do Sul, a ideia de criar o estado do Pantanal, outra proposta de separação que não foi adiante, visava proteger o bioma pantaneiro.
Além disso, a Bahia considerou a criação do estado do Rio São Francisco em 2007, enquanto o Amazonas poderia se dividir em Rio Negro, Solimões e Juruá.
No Amapá, o território do município de Oiapoque, o mais ao norte do país, poderia ter se tornado um estado independente, reforçando sua posição geográfica estratégica.
Assim ficaria o mapa do Brasil se todas essas modificações tivessem ido adiante:
Imagem: Flipar/reprodução
Reflexões sobre o futuro territorial do Brasil
As propostas de divisão territorial no Brasil citadas nesse conteúdo são complexas e refletem as peculiaridades de cada região.
Embora muitos desses projetos não tenham avançado, eles levantam questões importantes sobre governança, identidade cultural e desenvolvimento econômico.
Inclusive, vale mencionar o desejo de separação nacional já demonstrado, como o exemplo dos estados do Sul que, vez ou outra, apresentam esse anseio separatista.
O mapa com 39 estados permanece hipotético, mas convida a uma reflexão contínua sobre o equilíbrio entre unidade nacional e autonomia regional.
A união do Brasil como nação depende do bom senso de todos os entes federativos em torno dos interesses nacionais.
