A Forever 21 anunciou que encerrará todas as suas operações nos Estados Unidos após declarar falência no domingo, 16 de março de 2025. Esse é o segundo pedido de falência da marca em seis anos, refletindo as dificuldades enfrentadas pelo setor de fast fashion.
A decisão ocorre em meio à crescente concorrência de varejistas online, como Shein e Temu, que dominam o mercado com preços mais baixos e uma estratégia digital agressiva.
A empresa enfrenta desafios desde 2019, quando declarou falência pela primeira vez e fechou 178 lojas nos EUA. Após ser adquirida pela Authentic Brands Group, a marca tentou se reestruturar, mas não conseguiu recuperar sua posição no mercado.
O impacto da pandemia e as mudanças no comportamento dos consumidores aceleraram a queda da Forever 21, que agora busca compradores para parte ou a totalidade de seus ativos.
O impacto da concorrência no fechamento da Forever 21
A ascensão de marcas como Shein e Temu contribuiu significativamente para o declínio da Forever 21. Com modelos de negócios baseados no comércio eletrônico e preços competitivos, essas varejistas conquistaram uma fatia expressiva do mercado, atraindo consumidores que antes compravam nas lojas físicas da Forever 21. Além disso, gigantes como Zara e Uniqlo também elevaram o nível de exigência do público.
Outro fator que pesou foi a estratégia de preços. Enquanto a Shein e a Temu operam com uma estrutura de custos reduzida, a Forever 21 precisou lidar com despesas elevadas, incluindo aluguel de lojas físicas e logística. Essa diferença impactou diretamente sua competitividade, tornando difícil manter os clientes fiéis à marca.
A empresa chegou a firmar uma parceria com a Shein para vender seus produtos no marketplace da concorrente, mas a iniciativa não foi suficiente para evitar a crise. O modelo tradicional da Forever 21 se mostrou desatualizado diante da transformação digital do varejo.
Futuro da marca no mercado global
Embora esteja encerrando suas atividades nos EUA, a Forever 21 ainda possui lojas em diversos países e deve continuar operando fora do território americano. Segundo a empresa, o site da marca permanecerá ativo enquanto são realizadas liquidações para encerrar o estoque restante. A Authentic Brands Group, atual proprietária da Forever 21, já estuda licenciar a marca para outros operadores.
O impacto da falência nos demais mercados ainda é incerto, mas a Forever 21 pode seguir o caminho de outras marcas que se tornaram exclusivamente digitais. A estratégia de vender licenças para parceiros internacionais também é considerada uma alternativa para manter a marca ativa sem os custos elevados da operação própria.
A história da Forever 21 serve como um alerta para o setor de moda. O comportamento dos consumidores mudou, e as marcas que não acompanham essa transformação acabam perdendo espaço. O fechamento das lojas nos EUA marca o fim de uma era, mas pode representar o início de uma nova fase para a Forever 21 no ambiente digital.