A rotina digital de milhões de jovens deve passar por mudanças nas próximas semanas. A Meta, empresa responsável por plataformas como Instagram e Facebook, anunciou na última terça-feira (8) uma nova rodada de restrições para contas de adolescentes nas redes sociais.
As medidas fazem parte das diretrizes da chamada “Conta de Adolescente”, política lançada em 2024 com foco na segurança de usuários com menos de 18 anos.
De acordo com a empresa, o objetivo é fortalecer a proteção dos mais jovens diante de um cenário cada vez mais desafiador. As atualizações buscam responder a preocupações recorrentes relacionadas à saúde mental, ao acesso precoce a conteúdos impróprios e ao uso excessivo das redes.
A Meta já confirmou que as novas regras também entrarão em vigor no Brasil.
O que muda para os usuários menores de 16 anos nas plataformas da Meta?
Entre as principais mudanças anunciadas, está a proibição de transmissões ao vivo por adolescentes com menos de 16 anos sem a autorização dos responsáveis.
A restrição vem acompanhada de outra novidade importante: os jovens também não poderão mais desativar os filtros que borram automaticamente imagens consideradas sensíveis, como aquelas com nudez ou sugestão de conteúdo impróprio.
A empresa explicou que essas regras serão aplicadas de forma automática a todas as contas desse público — ou seja, não será necessária nenhuma ativação manual. Ainda segundo a Meta, mais de 54 milhões de perfis ao redor do mundo já foram incluídos nas configurações de proteção aprimorada.
Essas atualizações surgem após um período de intensa pressão pública. Diversas organizações vêm apontando, há anos, os riscos que as redes podem representar para o bem-estar emocional e a segurança de crianças e adolescentes. Pela regra atual da empresa, a idade mínima para ter uma conta ativa no Instagram ou no Facebook é de 13 anos.
Cuidados importantes para adolescentes nas redes sociais
Apesar das novas medidas de segurança, a responsabilidade sobre o uso das redes sociais deve ser compartilhada entre plataformas, responsáveis e os próprios jovens. Estabelecer diálogos abertos sobre o tempo de uso, os tipos de conteúdo consumidos e os limites saudáveis é um passo essencial.
Além disso, é fundamental que os adolescentes aprendam a identificar comportamentos suspeitos e saibam como agir diante de situações de risco, como cyberbullying ou abordagens inadequadas. Práticas simples, como não compartilhar dados pessoais e evitar interações com desconhecidos, continuam sendo indispensáveis.
Por fim, promover o equilíbrio entre o tempo online e as atividades fora das telas contribui para uma experiência mais segura e saudável. As redes sociais fazem parte da rotina moderna, mas devem ser ferramentas de conexão e aprendizado — e não fontes de estresse ou insegurança.
