Os sobrenomes são parte essencial da identidade cultural de um povo, carregando histórias e tradições. Na China antiga, o imperador Fu Xi teria iniciado o uso de sobrenomes em 2852 a.C. No Ocidente, eles apareceram no século X para distinguir indivíduos em populações crescentes.
Em ambos os casos, essas marcas nominais refletem dinastias, ocupações e heranças familiares.
Uma investigação conduzida pela NetCredit trouxe detalhes sobre os sobrenomes mais frequentes em várias partes do mundo, destacando suas origens e significados.
O estudo revela como os sobrenomes não são meras convenções sociais, mas sim resquícios das histórias de colonização, dinastias e culturas ancestrais.
Sobrenomes mais comuns em cada continente
Silva, Santos, Oliveira, Souza/Sousa e Pereira. Certamente você já escutou ou tem um desses sobrenomes, que estão entre os mais populares no Brasil. A seguir, veja quais são os mais comuns em cada continente.
África
Na África, os sobrenomes geralmente têm vínculos com locais de nascimento, linhagens ou ocupações. Um exemplo é “Ilunga”, comum no Congo, que em banto significa “uma pessoa pronta para perdoar apenas duas vezes”.
A colonização portuguesa introduziu sobrenomes como “Lopes” em Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Já em países muçulmanos como o Chade e o Sudão, “Muhammad” é prevalente, refletindo influências islâmicas.
Ásia
Os sobrenomes asiáticos estão intimamente ligados às antigas dinastias.
No Vietnã, “Nguyen” evoca a última dinastia do país. Na Malásia e em Cingapura, “Tan” remonta ao estado de Chen, relevante durante a dinastia Zhou na China. Na Coreia, “Kim” é um sobrenome comum, formando inúmeros clãs tanto no norte quanto no sul.
Europa e América do Norte
Na Europa, muitos sobrenomes têm origem em profissões, como “Schmidt”, que significa ferreiro, muito comum na Alemanha. Nos Estados Unidos e no Canadá, “Smith” é uma variação popular.
“Müller” é predominante na Alemanha e na Suíça, significando moleiro, enquanto “Gruber”, na Áustria, refere-se a pessoas que vivem em locais baixos.
América do Sul
- “Gonzalez” aparece em países como Argentina e Chile, derivando de “Gonzalo” que significa “batalha”.
- “Rodriguez” e “Hernandez” têm origem espanhola. “Hernandez” quer dizer “filho de Fernando”.
- No Brasil, “Silva” é o mais comum, com raízes em Portugal, significando “floresta”.
A prevalência de sobrenomes como “Silva” mostra como a colonização portuguesa e espanhola moldou a identidade sul-americana. Eles representam um elo direto com o passado colonial e as transformações culturais subsequentes.