Planta comum no quintal pode ajudar a reduzir gordura no fígado; veja o que a ciência diz

Espécie pode ajudar na saúde do fígado, reduzindo a gordura hepática.



Quase escondida entre temperos e plantas aromáticas, a erva-cidreira é o foco de estudos sobre a saúde do fígado. O que antes era visto apenas como um calmante natural agora aparece como possível aliada na redução de gordura hepática.

Com as novas descobertas, uma planta comum em quintais e muito utilizada nos cuidados naturais voltou ao radar científico e popular.

O alerta é relevante: a Sociedade Brasileira de Hepatologia estima que cerca de 25% dos brasileiros convivem com algum grau de esteatose hepática. Trata-se de uma condição silenciosa, mas que pode evoluir para cirrose se for ignorada. Nesse cenário, qualquer alternativa segura e acessível desperta imediatamente a curiosidade.

As pesquisas recentes, embora ainda iniciais, reforçam esse interesse. Elas sugerem que compostos da Melissa officinalis podem atuar contra o acúmulo de gordura, motivando conversas em consultórios e nas próprias hortas caseiras.

Compostos poderosos da erva-cidreira

A planta reúne ácido rosmarínico, flavonoides e antioxidantes, associados à modulação da inflamação e do estresse oxidativo, vetores ligados ao acúmulo de gorduras no fígado. Esses compostos também sustentam a proteção das células hepáticas, segundo estudos citados na literatura.

Na revista Phytomedicine, um experimento com animais registrou queda da gordura hepática e melhora das enzimas após o uso de extrato de erva-cidreira. Já no Journal of Ethnopharmacology, os autores observaram ganho de sensibilidade à insulina, fator-chave contra a progressão da esteatose.

Prevalência e atenção

A alta prevalência no país pressiona a atenção básica. Afinal, com 25% dos brasileiros afetados, medidas de baixo custo ganham apelo. Entretanto, especialistas lembram que plantas não substituem a avaliação médica, sobretudo em casos com suspeita de cirrose.

Como a erva-cidreira pode atuar

Foto: Wikimedia Commons

Inflamações repetidas conduzem à formação de cicatrizes no fígado e, por fim, à cirrose. Nesse cenário, a Melissa officinalis se destaca por suas ações anti-inflamatórias e antioxidantes relatadas.

Além disso, a literatura descreve um estímulo à regeneração celular e melhora da circulação hepática.

Os resultados citados vêm de testes com animais. Em humanos, a orientação profissional se mantém essencial para definir condutas e doses. Portanto, o uso deve compor uma estratégia mais ampla de cuidado e monitoramento individual.

Preparo e uso seguro

Para o consumo doméstico, o chá permanece sendo a via mais comum. Siga medidas simples e padronize o preparo para garantir consistência.

  • Ferva 1 xícara de água e adicione 1 colher de sopa de folhas secas da erva.
  • Deixe em infusão por 10 minutos, coe e beba duas vezes ao dia.
  • Prefira o consumo após as refeições para melhor tolerância.

Outra via envolve suplementos com dosagem padronizada, encontrados em farmácias de manipulação. Porém, consulte um profissional de saúde antes do uso regular, especialmente se houver doenças, hepatites virais ou medicamentos hepatotóxicos em curso.

Fatores de risco e prevenção

A estratégia preventiva combina estilo de vida e fitoterápicos de suporte. Assim, conhecer fatores de risco ajuda a direcionar escolhas e a reduzir a evolução da esteatose para cirrose.

  • Uso contínuo de medicamentos hepatotóxicos.
  • Sedentarismo.
  • Dieta rica em gorduras e açúcares.
  • Consumo excessivo de álcool.
  • Diabetes tipo 2 e obesidade.
  • Hepatites virais (B e C).

Enquanto novas pesquisas avançam, a erva-cidreira surge como parte de um conjunto de medidas que incluem alimentação equilibrada, atividade física e moderação no álcool. Somente a soma dessas escolhas reduz os riscos de insuficiência hepática e câncer de fígado.




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