Ao utilizar o cartão de crédito para realizar uma compra, é muito comum se deparar com a seguinte mensagem: “transação não autorizada”. Os motivos para ter uma operação negada são vários, como cartão bloqueado, senha incorreta ou o mais temido de todos: a falta de limite.
Para este último caso, o controle dos gastos é fundamental para a manutenção de uma vida financeira mais saudável. Com planejamento e esforço, é possível descobrir o que faz “comer o limite” do seu cartão de crédito e, assim, evitar exageros na fatura.
Confira a seguir algumas dicas que vão te ajudar a entender melhor o seu perfil de consumo e permitir o melhor controle do seu limite.
Limite do cartão
Pode parecer meio óbvio, mas muita gente ainda não sabe muito bem o que significa o limite do cartão de crédito. De forma clara, ele representa a quantia emprestada pelo banco ou financeira ao cliente.
O valor, que pode variar constantemente, tanto para mais quanto para menos, permite que o consumidor faça compras em lojas físicas ou virtuais que poderão ser quitadas posteriormente, geralmente no período de um mês.
Dessa forma, o limite do cartão de crédito nada tem a ver com o que o cliente tem na conta corrente do banco ou poupança. Ou seja, o serviço faz uso do que a instituição ou empresa disponibiliza. Por isso, é importante que o gasto seja proporcional ao que o cliente conseguirá pagar.
Acompanhamento da fatura
Comprar com o cartão de crédito pode ser vantajoso, mas também arriscado. O que acontece é que como se utiliza de um valor emprestado, a ferramenta estimula um gasto desenfreado, em que muitas vezes o usuário não percebe o quanto já utilizou.
Isso pode gerar o que os especialistas chamam de “superendividamento”. Por ter uma das taxas de juros mais altas entre as linhas de crédito, o serviço traz encargos e multas em caso de atraso.
Observar em quanto está a previsão da fatura, limite disponível e quais as áreas de maior gasto até o momento são dicas valiosas àqueles que tentam direcionar o consumo de forma consciente e conseguir economizar no final do mês.
Compras parceladas
Mesmo utilizando o cartão de crédito, que permite o pagamento posterior de uma compra, muitos clientes optam pelo chamado “parcelamento”. A medida funciona como a divisão do valor total em vários meses, a serem cobrados no fechamento de cada fatura.
Segundo um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CDNL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), cerca de 53% do público de brasileiros adultos realizaram pelo menos uma compra parcelada no mês de março de 2019, período em que a pesquisa foi aplicada.
Em números mais precisos, esse percentual corresponde a 82,7 milhões de pessoas. Isso mostra que o comprometimento do orçamento também pode ser feito a longo prazo quando se utiliza o cartão de crédito.
Outro ponto importante é que esse alongamento implica na utilização do limite total, retomado a partir do momento que o usuário vai pagando a fatura, mês a mês. Algumas empresas permitem a antecipação das prestações, e com desconto, como forma de facilitar a liberação de mais limite.
Cuidado com compras de pequeno valor
Apesar de no primeiro instante parecerem inofensivas, compras de baixo valor podem ter um impacto gigantesco quando a fatura chega no final do mês. Esse pode ser, inclusive, elencado como um dos erros mais comuns em quem tem o hábito de comprar tudo com o cartão de crédito.
O cafezinho do dia a dia pode virar uma bola de neve sem o devido controle. Isso também inclui os gastos com aplicativos de transporte, restaurantes, delivery de comida, agentes invisíveis do consumo desenfreado.
Mensalidades e assinaturas
Além das compras de baixo custo, que no final podem comprometer o limite do cartão, assinaturas e mensalidades, a exemplo os serviços de T.V a cabo ou streaming, também fazem com que o usuário tenha o seu poder de compra com o cartão de crédito reduzido.
Mesmo sendo de baixo custo, os gastos são pontuais e duram até o momento do cancelamento ou encerramento do contrato. O mais recomendado é que seja feito um “pente fino” em todos os serviços para ver qual é de fato necessário.
Lembrando que não há nenhum problema em manter várias assinaturas no cartão, mas é importante ter em mente de que os custos estarão todos os meses nas faturas.
Revendo o orçamento
Seguir as dicas anteriores só terá sentido se, inicialmente, o consumidor tiver a noção de quanto ele pode gastar mensalmente. Analisar o orçamento antes de começar a usar o cartão de crédito é um passo indispensável.
Tendo em mente o seu rendimento, o valor das despesas fixas e quanto quer poupar ao longo de um mês, o restante pode ser utilizado para os gastos com o cartão ou de outras naturezas. A partir dessas dicas, comprar no crédito se torna uma tarefa mais segura e de menor risco.
Veja também: Para que serve o cartão de crédito virtual?