O sonho de muitos brasileiros é ter um veículo próprio. No entanto, ter um carro hoje em dia não é uma das tarefas mais fáceis. Isso porque um veículo automotor exige, além da parcela de financiamento, tributos como IPVA, licenciamento, inspeção veicular, seguro obrigatório, etc.
Mas o que fazer quando não é possível pagar a mensalidade do veículo? Caso isso a aconteça, o jeito é partir para a renegociação da dívida. A alternativa pode aumentar o prazo de pagamento, ou seja, estender o número de parcelas.
Porém, é preciso ter cuidado. Tenha em mente que aumentar o número de prestações também acarretará na elevação das taxas de juros. Confira a seguir algumas dicas sobre como é possível renegociar dívidas de veículos financiados e, assim, sair do vermelho.
1 – Renegocie o financiamento do carro com a instituição financeira
A ideia é evitar que o carro vá a leilão. Caso o proprietário comece a perceber que não irá conseguir pagar a parcela do financiamento, o mais aconselhável é que ele não desista de todo o valor que já foi investido até o momento. Uma solução é a renegociação da dívida.
Especialistas em finanças pessoais recomendam a ida ao banco para uma conversa com o gerente sobre as opções disponíveis para reverter a situação. Caso o consumidor opte por esse caminho, é preciso ficar de olho em dois detalhes.
O primeiro é em relação às taxas de juros. O que acontece é que, quando foi realizada a compra do carro, os encargos praticados na época eram menores. Sendo assim, se houver um refinanciamento da dívida, o saldo final pode dobrar o valor.
De acordo com o professor de finanças da FGV, Luís Carlos Ewald, a renegociação é vantajosa para aqueles que já pagaram um bom número de prestações e com menos de R$ 10 mil para quitar.
O outro ponto que merece atenção é em relação à restrição de alguns bancos e financeiras. Em meio à crises políticas e econômicas, muitas delas decidem abolir as renegociações das listas de produtos ofertados.
2 – Invista em um veículo usado
Outra saída é fazer a troca do veículo por um modelo seminovo ou mais barato. Isso porque, geralmente, um carro novo pode somar despesas que ultrapassam a casa dos R$ 20 mil anuais. Entre os gastos mais comuns estão manutenção, imposto, combustível, etc.
Segundo o economista Samy Dana, o ideal é manter as despesas do carro em até 30% do valor total do rendimento mensal.
Quem optar pela troca do veículo atual por um usado, deve ter a atenção redobrada durante a transição. O recomendado é não fechar negócio de imediato antes de visitar diversas concessionárias, feirões, consultar os classificados, por exemplo.
Além disso, é essencial que, na hora de comprar um usado, o comprador esteja ciente de todas as taxas, seja do financiamento, documentação, seguro, etc. O objetivo é cortar gastos, e para isso, só pesquisando e escolhendo o melhor lugar para investir.
3 – Vendendo o carro
Apesar de extrema, a alternativa pode ser a única solução para organizar as contas. Se o valor da dívida está crescendo de forma descontrolada, o mais recomendado é vender o carro. A partir da reorganização financeira, será possível planejar uma nova compra, dessa vez de forma mais segura.
Ao vender um carro financiado, o consumidor irá perder dinheiro. Mas o risco de a financeira retomar o bem para leiloá-lo é ainda pior. Isso porque além de perder o veículo, parte da dívida ainda permanecerá.
Por isso, se a situação atual exigir tal medida, o proprietário não deve esperar o problema chegar. O melhor é optar por uma boa venda e conseguir o melhor preço pelo bem. Nesse caso, a regra da segunda dica também pode ser aplicada aqui, como visitas à concessionárias e lojas de veículos para um melhor conhecimento sobre os valores cobrados pelo mercado.
Veja também: Qual a diferença entre empréstimo e financiamento?