Orientados por assessores com gabinetes no Palácio do Planalto, membros da ala política do governo estão levando e trazendo informações do Congresso sobre a possibilidade de estender o pagamento do auxílio emergencial até março do ano que vem. Um interlocutor do Legislativo disse ao Radar Econômico, que “estão tentando plantar a semente”. Na última sexta-feira, 20, para conversar sobre o assunto, emissários do governo foram até o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e teriam ouvido um “não” do deputado.
Outras discussões sobre o assunto circundaram o Planalto nesta segunda-feira, 23. Os assessores dizem que está nas mãos do presidente Jair Bolsonaro a decisão e que deverá ser tomada na semana que vem, depois do segundo turno das eleições municipais.
Entretanto, as tentativas de trazer à tona a discussão acontecem sem a participação e aprovação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, não há motivo para estender o benefício sem uma “segunda onda” severa da pandemia de covid-19. O ministro da Economia, afirma também que quem sugere o pagamento do auxílio por mais meses tem más intenções.
Novo ciclo de pagamentos do auxílio
A Caixa Econômica Federal, deu início ao pagamento do 5º ciclo do auxílio emergencial neste domingo, 22, nos valores de R$ 300, R$ 600 ou R$ 1,2 mil, dependendo do número da parcela para trabalhadores que não estão inscritos no Bolsa Família.
Deste grupo fazem parte trabalhadores informais, autônomos, desempregados e Microempreendedores Individuais (MEIs) que se cadastraram por meio de aplicativo ou site ou que estão inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).
Neste domingo, o dinheiro começou a ser creditado a 3,6 milhões de nascidos em janeiro, na segunda foi pago para nascidos em fevereiro, não há pagamentos nesta terça, mas amanhã serão liberados depósitos para nascidos em março.
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