O presidente Jair Bolsonaro, em meio a pressão de senadores em prorrogar o auxílio emergencial ao longo de 2021, se posicionou contra a medida afirmando que o governo não tem condições de ampliar o pagamento do benefício ou transformá-lo em uma ajuda vitalícia em razão de falta de recursos.
Na saída do Palácio da Alvorada, em resposta a um apoiador que se identificou como amazonense e comentou sobre o assunto, o presidente disse com ironia: “Você é da imprensa? Qual país do mundo fez auxílio emergencial? Parecido, foi [o auxílio emergencial dado] nos EUA, mais ninguém fez.”
Ele acrescentou: “Aqui, alguns querem tornar o auxílio definitivo, são quase 68 milhões de pessoas. No começo, [auxílio no valor de] R$ 600. Então, vamos pagar para todo mundo R$ 5 mil por mês e ninguém trabalha mais, fica em casa. O homem do campo também, vai sair do campo e vai para a cidade, quero ver quem vai produzir”, declarou.
Críticas à Venezuela
O chefe do executivo também fez críticas a Venezuela, disse que o país está com a economia ruim por causa de seus muitos programas sociais. De acordo com ele, a população venezuelana mais pobre está fugindo para o Brasil em consequência da miséria porque “não tem mais cachorro para comer lá nem gato”.
“País que começou assim, de muitas ações sociais em exagero, foi a Venezuela. Ação social é para quem precisa. Olha como estão lá. Um país riquíssimo, com petróleo e com ouro. O pessoal mais pobre agora está fugindo, né? Não tem mais cachorro para comer lá, nem gato, está fugindo para o Brasil.”
“Será que é difícil olhar um pouquinho o que está acontecendo no mundo para saber qual o caminho que temos que tomar no Brasil?”, questionou Bolsonaro. O presidente também criticou o fechamento do comércio e funcionamento apenas de serviços essenciais.
A crítica veio após Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte, determinar que as atividades e manutenção de serviços necessários seriam fechados a partir da semana que vem.
Veja também: Veja 9 situações que permitem o saque total do FGTS em 2021