O salário mínimo hoje é de R$ 1.100 por mês. Apesar dos reajustes anuais, o aumento dos preços dos alimentos, produtos e serviços é bem superior ao aumento de renda da população.
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Na verdade, o poder de compra do salário mínimo vem se deteriorando há décadas. Esse reajuste anual ajuda a melhorar a renda familiar, especialmente em lares liderados por mulheres.
Além disso, afeta as perspectivas de emprego para trabalhadores de baixa renda, desempregados e jovens que entram no mercado de trabalho. Outro fator ligado ao salário mínimo é que ele aumenta a demanda econômica agregada de base ampla.
O aumento substancial do salário mínimo federal pode desempenhar um papel importante na redução da pobreza e no aumento da renda familiar no Brasil, na base da escala de renda, ao mesmo tempo em que reduz o uso de assistência pública.
O salário mínimo em 2022 pode sofrer um reajuste de mais de 11,08%. Isso pode ocorrer se o INPC fechar neste patamar no fim de 2021. O valor seria aumentado de R$ 1.100 para R$ 1.221,88 a partir de janeiro de 2022. As informações são baseadas em uma pesquisa feita pelo IBGE.
Caso isso ocorra, o governo federal terá que arcar com um reajuste bem mais alto do que havia previsto. Isso exigiria um grande controle dos gastos para garantir o pagamento correto de benefícios e também possíveis irregularidades fiscais.
Os principais vilões que puxaram o aumento do INPC foram os preços dos combustíveis e das carnes. Esses itens elevaram de forma gritante a taxa de inflação no país. E a inflação é, atualmente, o único valor levado em consideração para reajustar o salário mínimo da população.
De acordo com informações do Ministério da Economia, a cada 1 real que o governo aumenta no salário mínimo dos brasileiros, os gastos públicos benefícios sobrem cerca de 355,5 milhões de reais.