Mais de 395 mil chaves PIX foram vazadas: descubra os riscos e como se proteger

Ao todo, foram três vazamentos desde que a plataforma foi implantada. O último ocorreu no final de janeiro e colocou mais de 2 mil contas em exposição.



O Banco Central (BC) revelou que mais de 2 mil chaves PIX foram vazadas nesta quinta-feira (3). O vazamento afetou clientes da Logbank Soluções em Pagamentos. Este foi o terceiro caso desde que o PIX entrou em funcionamento. Ao todo, mais de 395 mil chaves foram consultadas.

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Diante desta situação, a pergunta que fica é para entender quais são os riscos que o acontecimento acarreta. Além disso, os usuários já pensam em maneiras de se proteger contra possíveis golpes.

Vazamentos já afetaram mais de 395 mil chaves PIX

Segundo o BC, o último vazamento ocorreu em dados cadastrais, que não afetam a movimentação de dinheiro. Dados protegidos pelo sigilo bancário, como saldos, senhas e extratos não foram expostos.

O incidente ocorreu em 24 e 25 de janeiro e expôs os seguintes dados:

  • Nome do usuário,
  • Cadastro de Pessoas Físicas (CPF),
  • Instituição de relacionamento
  • Número da conta.

Todas as pessoas que tiveram informações expostas receberão avisos, mas o BC não informou como as vítimas serão notificadas. Segundo o BC, a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) também foi avisada. Foi o que apontou as informações divulgadas pela Agência Brasil.

Quais os riscos que a exposição de dados acarreta?

A exposição de dados não significa necessariamente que todas as informações tenham vazado. Elas apenas ficaram visíveis para terceiros durante algum tempo e podem ter sido capturadas. O BC informou que o caso será investigado e que sanções poderão ser aplicadas, como multa, suspensão ou até a exclusão da Logbank do sistema do Pix.

De acordo com especialistas, os riscos são baixos, já que os dados vazados podem ser encontrados de forma fácil por hackers na internet. Na verdade, é possível consultar número de CPF, nome e endereço de quase qualquer cidadão na web. Além disso, informações contratuais também são facilmente localizadas e podem contar número e contas bancárias e outros.

O problema é que esses dados podem ser cruzados com os de outros vazamentos anteriores e futuros. Isso acaba enriquecendo as fichas que criminosos têm em mãos para efetuar possíveis ações danosas aos clientes.

Como evitar cair em golpes

As dicas para evitar cair em golpes são as seguintes:

  • Não clique em links duvidosos enviados por WhatsApp;
  • Mesmo que um e-mail, contato telefônico ou mensagem por app informe seus dados, isso não garante que a pessoa do lado de lá está bem-intencionada. Sempre desconfie.
  • Não acredite em anúncios milagrosos de resgatar dinheiro fácil por PIX ou coisas semelhantes;
  • Nunca informe seus dados de senha para ninguém;
  • Jamais repasse as mensagens para outras pessoas;
  • Em hipótese alguma faça depósitos para ter acesso a supostos benefícios – isso não existe;
  • Use programas de segurança em seus dispositivos (celular, tablet e computador/notebook).

Resposta da Logbank

Por meio de nota, a Logbank informou que o ataque aos dados foi contido pelas equipes de segurança e que nenhum cliente sofreu prejuízo financeiro. A empresa ressaltou os investimentos em segurança e tecnologia e disse que os recursos dos clientes “estão e sempre estiveram sob máxima vigilância e segurança”.

“O incidente foi detectado e controlado instantaneamente pelas ferramentas e equipes de segurança. Nenhum dado sensível foi vazado e não houve qualquer movimentação financeira indevida ou prejuízo financeiro para os clientes relacionados com este incidente, cujo alcance permaneceu extremamente limitado”, destacou a companhia.




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