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Selic a 10,75%: Vale mais a pena investir em renda fixa ou na poupança?

Novo aumento de 1,5% na taxa básica de juros (Selic) altera a rentabilidade de algumas opções de investimento.



O Comitê de Política Monetária (Copom) voltou a elevar a taxa básica de juros (Selic), que agora está em 10,75%. A mudança mantém a tendência de valorização das opções de investimento em renda fixa, que continuam sendo uma boa opção em 2022.

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A maior parte dos fundos de renda fixa DI oferece retornos melhores do que a poupança, com destaque para aqueles com taxas de administração de até 2% ao ano.

“Estamos vendo prêmios no IPCA+ muito atraentes e em prefixados, porque vemos a inflação convergindo para a meta nos próximos dois anos enquanto os títulos estão pagando prêmios para uma inflação que não converge para a meta tão rapidamente”, avalia Paula Zogbi, analista de investimentos da Rico.

No campo da renda variável, especialistas recomendam empresas ligadas a commodities e outras mais consolidadas. Boas opções para quem quer passar longe da volatilidade são os papeis de setores defensivos, como o elétrico e o de papel e celulose.

Onde investir?

As aplicações a curto prazo são a indicação da analista de fixa do TC, Jaqueline Benevides. Segundo ela, a previsão do mercado para a Selic em 2023 é de queda.

“Se você pegar ativos com prazos muito extensos, pode ser que você pegue uma Selic não tão atrativa e fique preso nesse papel. Agora, se você pegar esse curto prazo, quando esse ciclo de alta terminar, você consegue se alocar de maneira mais estratégica”, detalha.

Fundos DI e poupança

Os fundos de renda fixa DI levam vantagem sobre a poupança, com desempenho até 2,5% superior ao ano. Em dezembro, o rendimento da tradicional caderneta passou a ser igual a 0,5% ao mês mais a TR, o que equivale a cerca de 6,17% ao ano mais a TR.

“Temos muitos fundos DI que investem em Tesouro Selic e não vemos uma inflação tão alta este ano como em 2021. Esses fundos devem rentabilizar acima da inflação e da poupança”, lembra o assessor de investimentos de Ável, Paulo Dutra.

CDB

Os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) emitidos por bancos menores têm riscos reduzidos e retornos mais altos que os títulos públicos. Esse tipo de aplicação é coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o valor de R$ 250 mil por CPF.

“Se você conhecer o emissor e o risco dele fazer sentido para a sua carteira, é uma opção. Eles estão pagando taxas mais atrativas. Tem muito CDBs de bancos pequenos e médios pagando taxas de 120% e 130% do CDI”, diz Zogbi.

LCAs, LCIs, CRIs e CRAs

A renda fixa tem mais outras alternativas isentas de Imposto de Renda: as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Imobiliários (LCIs). Elas também contam com cobertura do FGC, a contrário dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Agrícolas (CRAs), que devem ser analisados de acordo com o emissor do crédito.

FII

O Fundo de Investimento Imobiliário (FII) são para investidores que pensam a longo prazo. Por tabela, alguns deles conseguem se beneficiar da alta da Selic, já que possuem ativos de renda fixa em seu portfólio. O produto também é isento de IR.

“Tem uma classe de ativos que funcionam como uma renda fixa, como os CRIs. Quando os juros sobem, naturalmente, a taxa de qualquer tipo de investimento deve acompanhar e isso ocorre também nos CRIs”, afirma o sócio-fundador da Brio Investimentos, Rodolfo Senra.

Bolsa de Valores 

A Selic alta gera um movimento de venda que vem persistindo desde o segundo semestre de 2021. Para os analistas, ainda existem bons exemplos de ações precificadas abaixo do que valem, o que pode compensar bastante para quem gosta de correr riscos.

“Estamos em patamares de múltiplos baratos. Com uma Selic de 10,75% é um bom momento de realizar uma reformular posição e ter alocação em Bolsa com boas empresas e com fundamentos, porque elas estão precificadas abaixo de um valor de mercado”, avalia Dutra.




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