O governo federal decidiu aumentar a margem de empréstimo consignado para aposentados e beneficiários dos programas assistenciais. Com a aprovação, a margem sobe de 35% para 40%. Vale para os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e para quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Auxílio Brasil.
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A margem de empréstimo consignado fica, assim, como estava durante a pandemia da covid-19. Mais de 50 milhões de pessoas devem ser beneficiadas com a decisão do governo.
Margem do consignado
De acordo com o anúncio feito pelo governo federal, o aumento da margem vai melhorar o acesso ao crédito. A vantagem é a redução nos juros. A decisão deve movimentar mais de R$ 77 bilhões em empréstimos e faz parte do pacote de medidas do governo para movimentar a economia do Brasil.
É também uma maneira encontrada pelo governo para melhorar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, de olho nas eleições deste ano.
Com a ampliação da margem do consignado, o que se espera é uma procura maior ao crédito. A medida deve beneficiar os segurados do INSS, assim como as pessoas que recebem o BPC e famílias de baixa renda que dependem do Auxílio Brasil. A margem estava reduzida desde janeiro deste ano.
Os bancos ainda não se manifestaram em relação ao aumento na margem dos consignados. E não se sabe se o efeito será visto na prática. Até mesmo porque o número de endividados no Brasil preocupa, e o momento ainda é de muita cautela.
Assim como já aconteceu anteriormente, com a margem maior, 35% ficam para a contratação do empréstimo pessoal e 5%, para as despesas do cartão de crédito consignado.
A diferença nos juros em relação aos demais empréstimos é justificada pela garantia de pagamento. Já que o consignado tem a parcela paga por meio da folha de pagamento dos beneficiários. Ou seja, do INSS, BPC ou Auxílio Brasil.