Conselho da Petrobras fará reunião para decidir o futuro dos combustíveis

Informações preliminares de fontes ligadas ao alto escalão da estatal apontam tentativas do presidente Bolsonaro em evitar novos aumentos.



No dia 25 de maio, o Conselho de Administração da Petrobras se reunirá para tratar de temas sigilosos a respeito de investimentos e ativos. Porém, fontes do setor dizem que a política de preços adotada atualmente pela estatal também será incluída na lista de pautas para discussão.

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Dentre os cernes dos debates estão as tratativas do governo federal em mudar a forma como a Petrobras realiza os reajustes dos preços da gasolina e do diesel. Informações preliminares de fontes ligadas ao alto escalão da estatal apontam tentativas do presidente Jair Bolsonaro (PL) em evitar novos aumentos.

Para isso, o mandatário estuda criar um “plano consistente”, cujas mudanças incluem alterações nas diretorias (financeira, de tecnologia e relações institucionais), no estatuto e até mesmo na legislação da companhia. Atualmente, dos 11 membros do Conselho de Administração, seis deles foram indicados pelo governo Bolsonaro.

Mudanças no cálculo do preço do petróleo

O governo propõe mudanças para frear a subida dos preços dos combustíveis. Uma delas é alterar o cálculo do preço do petróleo.

Hoje em dia, a Petrobras opera com um preço que inclui todos os custos relacionados na importação do petróleo, inclusive frete e seguro, o chamado CIF. Ele é usado nos casos em que o petróleo é produzido no nosso país.

Basicamente, o intuito é alterar essa política de preços e passar a utilizar o FOB, que considera apenas o valor bruto da mercado, desconsiderando os demais custos envolvidos na importação.

Mas para isso acontecer, é importante que o governo encontre meios para que a União compense o déficit da Petrobras, ou seja, para que ela seja devidamente indenizada.

Enquanto uma decisão não é tomada, os preços dos combustíveis continuam em alta. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), da última sexta-feira, o litro médio da gasolina passou de R$ 7,295 para R$ 7,298, enquanto que o do diesel subiu de R$ 6,630 para R$ 6,847.




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