Você pode perdido: Consumidor pode renegociar conta de luz; Câmara amplia margem e público do consignado; Nova presidente da Caixa prepara ‘reforma’; Retorno do Pronampe

Conheça as mudanças que estão em preparação pela nova presidente da Caixa e outros destaques desta sexta-feira.



A semana está chegando ao fim, mas não sem novidades para os brasileiros. Na tentativa de aumentar a arrecadação e evitar a inadimplência, distribuidoras de energia elétrica de todo o Brasil estão criando programas permanentes de renegociação de dívidas.

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Para quem precisa de um empréstimo e quer pagar pouco, a Câmara aprovou a ampliação da margem do consignado e do público que pode contratar esse tipo de crédito. Falando em crédito, MEIs e pequenas empresas já podem aderir ao Pronampe, que retornou na última quinta-feira, 30.

Nos destaques desta sexta-feira você também vai conferir a reforma que está sendo preparada pela nova presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques. Veja todos os detalhes a seguir.

Renegociação da conta de luz

Operadoras de energia elétrica estão oferecendo descontos de até 90% em contas de luz atrasadas, mirando em reduzir a inadimplência e aumentar a arrecadação. Na visão dos especialistas, a renegociação beneficia tanto o consumidor quanto a empresa.

“Para a companhia, vale a pena porque isso permite que ela siga seu planejamento, invista em melhorias na rede e no atendimento ao consumidor”, diz Mauro Calil, fundador da Academia do Dinheiro.

Um exemplo é a Equatorial, distribuidora com mais dez milhões de clientes no Norte e Nordeste, que lançou programas fixos de renegociação em canais digitais e agências. A grande novidade lançada pela companhia é a assistente virtual Clara, criada para os atendimentos via WhatsApp.

“Também criamos a negociação delivery, em que um agente vai até a casa da pessoa. Em 15 minutos, pode acertar o débito via Pix. Oferecemos parcelamento em até 24 meses”, explica Jean Gama, gerente de Cobranças e Cadastro do grupo Equatorial.

No Rio de Janeiro, a Light oferece negociação da dívida com desconto e parcelamento no cartão de crédito desde 2021. A distribuidora também tem um programa permanente com atendimento via WhatsApp e nas agências físicas.

O cliente pode parcelar em até 24 vezes no cartão de crédito ou 12 vezes na conta de luz, com entrada de 40% do saldo devedor. “Entendemos o momento delicado que o país passa e queremos facilitar o pagamento para que o consumidor não fique sem o serviço. É uma forma de evitar que ele passe para a irregularidade através dos “gatos””, afirma Thiago Guth, diretor comercial e de operações da Light.

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Câmara aprova ampliação do consignado

A Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória que aumenta a margem do consignado e amplia essa possibilidade de crédito para beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), Renda Mensal Vitalícia (RMC) e Auxílio Brasil. O texto segue para análise do Senado.

O limite de crédito consignado passa de 35% para 40% no caso dos empregados celetistas, servidores públicos ativos e inativos, pensionistas, militares e empregados públicos. Já os aposentados poderão comprometer até 45% de sua renda, assim como aqueles que recebem BPC ou Renda Mensal Vitalícia.

No caso das famílias aprovadas no Auxílio Brasil, a margem consignável estipulada para os empréstimos é de 40% do valor do benefício. A dívida não poderá recair sobre a União.

“O crédito consignado, não é segredo, oferece mais segurança ao credor. Como as prestações são descontadas automaticamente da folha de pagamentos, o risco de inadimplência passa a ser menor. Em consequência, as taxas cobradas dos clientes bancários são significativamente mais baixas do que em outras espécies de operações”, disse o deputado Bilac Pinto, relator do texto.

O empréstimo consignado é a opção com os menores juros do mercado da atualidade. Todos os meses, parte da dívida é descontado diretamente do salário ou benefício do contratante, praticamente zerando as chances de inadimplência.

Pronampe está disponível novamente

O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foi retomado na última quinta-feira e já está disponível para micro e pequenas empresas de todo o país. Criado em 2020, ele visa apoiar pequenos empresários, incluindo Microempreendedores Individuais (MEIs) e empresas de médio porte (com receita bruta anual de até R$ 300 milhões).

Para solicitar o empréstimo, o interessado deve acessar o portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal. Depois é só apertar a opção “Autorizar o compartilhamento de dados” para compartilhar a os dados de faturamento de suas empresas com a instituição financeira escolhida.

Mudanças aprovadas pelo presidente Jair Bolsonaro em maio deste ano flexibilizaram o Pronampe. As novas regras autorizam a demissão de funcionários pelas empresas participantes, amplia a concessão de crédito garantida pelo FGO até o fim de 2024 e dispensa a apresentação de documentos que poderiam restringir o acesso ao crédito.

A empresa pode solicitar empréstimos de até 30% da receita bruta anual registrada em 2019. No caso dos negócios com menos um ano de funcionamento, o limite é de até 50% do capital social ou de 30% da média do faturamento mensal. O financiamento é garantido em até 85% pela União.

Quem contrata crédito pelo Pronampe pode pagar a dívida em até 48 parcelas, com taxas de juros de de 6% mais até 100% da Selic, que atualmente está em 12,75% ao ano. A carência é de até 11 meses.

Nova presidente da Caixa planeja novidades

Daniella Marques, a nova presidente da Caixa, está planejando grandes mudanças na administração do maior banco privado do país. Segundo informações da CNN, a comandante quer substituir boa parte dos aliados de Pedro Guimarães no núcleo central da instituição.

Guimarães deixou a presidência do banco na última quarta-feira, 29, após denúncias de assédio sexual contra funcionárias se tornarem públicas. O caso está sob investigação do Ministério Público Federal.

Neste sentido, Marques estaria preparando um “limpa” na alta cúpula da Caixa. Entre os nomes citados estão Camila Aichinger, vice-presidente de Rede de Varejo; Celso Leonardo, vice-presidente de Atacado; Rosana Guimarães, chefe de gabinete; e Carlos Vagos, Álvaro Pires e Cleyton Carregarim, todos amigos e assessores especiais do ex-presidente.

Embora fontes ligadas ao banco afirmem que essas pessoas ofereciam informações privilegiadas afim de evitar uma investigação contra Guimarães, a Caixa garante que sua corregedoria “é órgão independente, que inclusive integra o ecossistema das corregedorias públicas coordenado pela CGU”.

“Todas as denúncias recebidas na corregedoria recebem o devido tratamento e prosseguem ou são arquivados exclusivamente por critérios técnicos sem que haja a participação ou interferência de qualquer empregado ou dirigente não lotado na unidade correcional”, afirmou em nota.




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