Golpe do FGTS: como evitar que golpistas façam o saque de R$ 1 mil no seu nome?

Em novo esquema, criminosos utilizam informações dos trabalhadores para realizar o saque extraordinário do FGTS.



A possiblidade de sacar R$ 1 mil com o saque extraordinário FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) deixou muitos brasileiros aliviados neste ano. Mas a operação também têm gerado bastante dor de cabeça para quem foi vítima de golpistas e fraudadores.

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Os criminosos se aproveitam de falhas de segurança para roubar o dinheiro liberado na nova rodada, anunciada em março pelo governo federal. De acordo com o relato de um cidadão que sofreu o golpe, ele só percebeu que não tinha mais nada para resgatar quando foi a uma agência da Caixa Econômica Federal.

“Enfrentei uma fila gigantesca e não tinha valor nenhum. Meus dados de segurança estavam alterados, como os dígitos de saque, e até mesmo a senha do meu aplicativo”, conta.

O trabalhador, que preferiu não ser identificado, conseguiu resolver o problema rapidamente e realizar o saque na própria agência. Mas sua amiga não teve a mesma sorte, já que os recursos haviam sido transferidos para outra conta.

“Acho que a segurança desse app [Caixa Tem] deveria ser bem mais avançada, já que para movimentar a conta não há necessidade de visitar nenhuma agência. É preciso apenas validar os dados pessoais no aplicativo. Agora, além do medo de sermos roubados, temos que pensar se nossos dados vão ser usados no futuro por conta desse roubo”, disse ela, que em maio teve seus documentos roubados.

O especialista em cibersegurança Mathias Naganuma acredita que o Caixa Tem é seguro, e que “há várias falhas de segurança que deixam margem para ação de estelionatários”. “A título de exemplo, muitos criminosos conseguiram acesso ao Caixa Tem usando uma foto impressa da vítima”, conta.

Como se proteger de golpes?

Em caso de dados vazados, como roubo de documentos por exemplo, o especialista recomenda a que o cidadão faça um boletim de ocorrência. “De preferência, leve informações que provem o uso indevido de documentos. Assim, caso aconteça algum crime, ao menos existe um registro anterior de que seus dados foram expostos”, aconselha.

Ele também recomenda que o usuário tenha mais cuidado ao fornecer dados sensíveis em cadastros e compras. “Ainda que nos seja solicitado cotidianamente o número do CPF para compras ou cadastro, é de extrema importância não emprestar documentos em hipótese alguma”, diz.

“Não somente o Caixa Tem enfrenta problemas de fraudes, mas alguns bancos digitais também, nos quais criminosos —em posse do documento da vítima— conseguem abrir uma conta bancária em nome de terceiros para operações ilícitas”, completa.




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