Diante da mais recente queda do petróleo, a Petrobras poderá, em breve, reduzir os preços dos combustíveis no Brasil, com reduções previstas para a gasolina e o diesel. A avaliação deste cenário foi realizada por analisas do banco suíço UBS.
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“Se os preços (do petróleo) permanecerem nessa tendência, acreditamos que a Petrobras poderá reduzir os preços em breve”, explica o analista líder da instituição, Luiz Carvalho. A queda acentuada de 15% do barril tipo Brent logo na primeira semana de julho no mercado internacional pode ter origem no temor de recessão dos Estados Unidos.
Fazendo um retrospecto, o produto passou do patamar próximo de próximo de US$ 120 no fim de junho para US$ 107,02 o barril na última sexta-feira, 8. Na média semanal, o Brent apresentou queda de 4,1%, com picos de baixa para US$ 100 no dia 6 de julho.
Paridade internacional
No caso da gasolina, o UBS prevê que os preços praticados pela Petrobras estariam defasados, neste caso, 15% abaixo da paridade internacional. Por outro lado, os analistas do banco enxergam que a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) estima que a Petrobras esteja cobrando 2% mais caro pela gasolina, considerando a paridade.
A concorrente da estatal na Bahia, a petroleira Acelen, anunciou recentemente a redução do preço dos combustíveis na refinaria. A queda foi de 5,2% para a gasolina e de 9% para o diesel.
Com essa atualização, a empresa passou a vender o litro do diesel tipo S10 por R$ 5,26 no estado, valor abaixo da comparação da média nacional pela Petrobras no mês passado, que era de R$ 5,61. Em se tratando da gasolina, a Acelen baixou o preço do litro de R$ 4,32, valor ainda acima da média nacional da Petrobras, que chega a R$ 4,06.
Mesmo com as reduções, é preciso considerar que a constante volatilidade das commodities pode fazer o petróleo subir mais uma vez. No entanto, caso o cenário de queda seja frequente, a Petrobras pode abrir um espaço e assim reduzir o preço dos combustíveis a níveis inferiores.