O jogo virou, então pela primeira vez em duas décadas, o euro está valendo menos que o dólar. A previsão é de que a moeda continue a cair. Nessa semana, um euro foi cotado em US$ 1,01, o que surpreendeu muita gente. Mas em que essa mudança implica no mercado brasileiro? Veja as consequências da queda.
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O euro teve baixa de 11% em relação ao dólar em 2022. O cenário beneficia os exportadores brasileiros. Contudo a simples queda do euro, especialmente em uma análise isolada, não tem impactos significativos para o Brasil.
Euro valendo menos que o dólar
O cenário é atípico pela seguinte razão: desde que o euro passou a circular pela Europa, em 1 de janeiro de 2002, essa foi a primeira vez que a moeda europeia esteve abaixo do dólar.
Até então a cotação ficava entre 10% e 30% a mais do que a moeda americana. O cenário é vantajoso para a exportação brasileira e, por essa razão, tem algum impacto em negócios de empresas de diferentes áreas.
Principalmente nos setores de petróleo, soja e trigo, mas são tantos outros. A precificação é em dólar no mercado internacional, sendo assim, o cenário atual resultará em mais ganhos nas vendas dos produtos do Brasil para o exterior. Dessa forma, o simples fato de o euro registrar uma queda não tem impacto direto para o país.
Por quê? Bem, a primeira paridade da moeda brasileira é com o dólar. Depois disso é que há a relação entre dólar e euro. Além disso, o mercado brasileiro tem mais relações com os Estados Unidos, por exemplo, do que com a Europa.
O motivo de o euro estar valendo menos que o dólar é a recessão econômica. A guerra na Ucrânia tem provocado uma crescente alta nos preços de todos os serviços e produtos. Como consequência de todo essa situação instável, os investidores têm vendido os ativos em euro para fugir dos riscos.