A empresária Luiza Helena Trajano, atual presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, convidou os brasileiros no mês passado a irem até as lojas para aproveitarem as ofertas e comprarem os produtos por meio do tradicional carnê. Mas será que vale a pena? Entenda o caso a seguir!
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Carnê do Magalu
Na ocasião, Trajano publicou um vídeo que anunciava a forma de pagamento, mas que também gerou polêmica por conta do tom de “súplica” da executiva.
“Vai ser no carnê. Lembra aquele ‘carnezinho gostoso’? Em prestações que você pode pagar e a gente ainda vai dar um descontinho nos juros. A gente aguarda vocês. Vá o mais rápido possível a uma de nossas lojas, por favor”, disse Trajano.
Mas apesar do convite, uma consultoria feita pelo portal UOL apontou que comprar pelo carnê do Magazine Luiza pode acabar sendo mais caro na comparação à outras formas de pagamento.
Dependendo do caso, é preciso dar um entrada de 30% do valor do produto, sem contar os juros aplicados que podem dobrar o custo da compra. De acordo com a reportagem, uma geladeira que vale R$ 3,4 mil pode subir para R$ 6,8 mil em um prazo de 18 meses.
Magazine Luiza dá resposta
Durante o vídeo de apresentação do carnê, Trajano chegou a declarar que a ideia desse recursos para compras tinha como objetivo primordial facilitar as transações, na aprovação de crédito pré-aprovado para mais de 10 milhões de clientes.
Nesse sentido, depois de conferir os números do portal de notícias, a varejista declarou que os juros cobrados pelo serviço estão em conformidade com o mercado, chegando a dizer que o foco é o cartão de crédito, cujas taxas são menores.
“Os valores apresentados nos exemplos citados não refletem a realidade dos juros de CDC [crédito direto ao consumidor, pelo carnê] do Magalu. O CDC é mais uma ferramenta de crédito usada por quem não tem acesso a cartões. Ele corresponde a apenas 6% das vendas em nossas lojas. Os juros cobrados estão em linha com o mercado. O foco no cartão de crédito na estratégia do Magalu também foi evidenciado em campanha recente de crédito pré-aprovado, na qual 80% dos clientes eram elegíveis aos cartões da empresa”, justificou a empresa, em nota.
Apesar da resposta, muitas pessoas criticaram Luiza Trajano, alegando que ela estava tentando apenas alavancar as vendas da empresa que, assim como todo o setor do varejo brasileiro, tem enfrentado dificuldades com a alta da inflação e dos juros.