A infância é uma das fases mais importantes na vida de qualquer pessoa, já que ainda criança o ser humano determina boa parte de como será quando adulto. Por isso, traumas que ocorrem nos primeiros anos de vida são geradores de transtornos e situações desagradáveis na fase adulta. Alguns deles podem fazer com que o indivíduo sempre busque se relacionar com pessoas narcisistas.
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Há uma infinidade de pesquisas existentes apoiando correlações entre uma história de maus-tratos na infância e um risco aumentado de se envolver em relacionamentos tóxicos, narcisistas ou conflitantes, afirmam especialistas, segundo o site Psychology Today.
Pais narcisistas normalizam o caos para as crianças
Crianças que são criadas por pais narcisistas, com tendências abusivas, “invalidantes” ou negligentes fazem com que o sentido de caos seja algo normal para a vida. Esse tipo de ambiente não tem capacidade de ensinar a importância da autoestima ou do amor-próprio, muito menos do respeito próprio. A autopreservação como modo de sobrevivência é o único ensinamento retirado desse tipo de experiência.
Com uma história de maus-tratos na infância, uma pessoa tem experiências saudáveis limitadas para usar como guia em seus relacionamentos futuros. As crianças que crescem em ambientes assim não estão aprendendo seu valor; eles estão sendo ensinados a sobreviver.
Um efeito colateral comum do modo de sobrevivência é procurar inconscientemente o que é familiar porque é “confortável”. O resultado é muitas vezes um padrão de relacionamentos emocionalmente imaturos e psicologicamente limitantes que ressoam com esse padrão “confortável”.
Sinais de alerta para ficar de olho
1 – Ter pais narcisistas: as crianças que crescem em ambientes narcisistas estão aprendendo uma coisa: que o caos é “normal”. ver como seus amigos vivem e perceber primeiro que seu ambiente doméstico é tudo menos adaptável.
2 – O reforço intermitente é ensinado como “confortável”: os vínculos traumáticos começam em nossa infância, muitas vezes como resultado de pais narcisistas, onde o elogio e a atenção são ensinados como dependentes da perfeição, desempenho, realização ou realizações. Os mesmos cuidadores usam a indiferença ou a invalidação quando uma criança é vista como tendo desempenho “abaixo” de suas expectativas.
3 – Comportamentos de espelhamento se desenvolvem devido a um senso limitado de si mesmo: quando um ambiente invalidante ou abusivo é ensinado como “normal”, uma criança não está aprendendo quem ela é. Eles podem ser envergonhados por se expressarem, punidos por terem uma opinião ou demonstrado indiferença por seus gostos ou desgostos. Esse condicionamento predispõe a criança a se espelhar nos outros como forma de se sentir válida e de pertencimento e aceitação.