Membros da ala política de Bolsonaro defendem Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023

Parte dos apoiadores do governo pressionam presidente para manutenção do acréscimo no valor do benefício social.



O futuro do Auxílio Brasil continua incerto, enquanto o governo se divide a respeito da manutenção do benefício de R$ 600 mensais. O programa originalmente paga R$ 400 por família, mas o Congresso aprovou uma emenda constitucional que libera verbas para ampliação do valor até dezembro.

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A proposta não prevê prorrogação do acréscimo de R$ 200 para 2023. Entretanto, uma ala política do governo de Jair Bolsonaro defende a inclusão da medida no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) do próximo ano.

Técnicos avaliam que a despesa gerada pela prorrogação do aumento pode ser anexada ao projeto do Orçamento por meio de uma “nota informativa”. A mesma proposta foi feita para uma possível atualização na tabela do Imposto de Renda.

Promessa de campanha

Assim como Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que concorre a presidência em outubro, prometeu manter o Auxílio Brasil em R$ 600. Já Ciro Gomes, outro candidato a chefe do Executivo, afirmou que vai ampliar o benefício para R$ 1 mil caso seja eleito.

Nenhum dos dois, contudo, apontou uma fonte de recursos para custear a medida. Em julho, o secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, calculou que a manutenção do valor atual causaria impacto entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões nos cofres públicos.

Vale lembrar que o aumento no benefício só foi possível com uma manobra para driblar o teto de gastos. O texto editado pelo governo liberou cerca de R$ 41,2 bilhões para ampliação e criação de auxílios, sendo R$ 26 bilhões somente para o Auxílio Brasil.




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