Os maiores bancos privados do país anunciaram que não vão ofertar crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil, contrariando as expectativas do governo. Contudo, o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, afirmou que 17 instituições financeiras já estão autorizadas a conceder os empréstimos.
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“Hoje já temos quase 17 instituições financeiras homologadas pelo Ministério da Cidadania, aptas à concessão do empréstimo consignado. Então é um número que mostra o interesse do mercado em estar disponibilizando o crédito consignado para essa população”, disse Bento durante uma entrevista coletiva.
Sem revelar nomes, o chefe da pasta negou as críticas de que não há interesse por parte do mercado na operação.
Consignado para Auxílio Brasil
De acordo com as regras publicadas pelo Executivo, os beneficiários do programa social poderão comprometer até 40% do benefício com a contratação de consignados. A modalidade permite o desconto da parcela direto na folha de pagamento, neste caso, no benefício.
O empréstimo consignado também foi ampliado para os idosos e pessoas com deficiência da baixa renda que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas). Para o grupo, a margem consignável é de 45%.
Endividamento
O Ministério da Cidadania não fixou um teto de juros para o Auxílio Brasil, o que significa que a própria instituição financeira poderá decidir suas taxas. A falta de regulamentação gera temores nos especialistas sobre o aumento no nível de endividamento da população mais pobre.
Contrapondo as críticas, o ministro afirmou que a novidade trará a “democratização do acesso ao crédito”. Segundo ele, “ao invés de você ficar na mão de agiota, do mercado obscuro de concessão do acesso ao crédito, você vai poder ir, como todo cidadão brasileiro, ao mercado formal”.
