O Auxílio Brasil de R$ 600 é uma promessa de campanha dos principais candidatos à presidência da República. O presidente Jair Bolsonaro (PL), inclusive, chegou a confirmar que dará continuidade aos pagamentos com valor mais alto no próximo ano.
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O programa originalmente libera R$ 400 mensais por família. Contudo, o governo conseguiu a aprovação de uma emenda constitucional que destinou verbas para ampliação do benefício em R$ 200 até o fim de 2022, além de outras medidas.
A manutenção do auxílio ‘turbinado’ também é um compromisso de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Simone Tebet (MDB). Ciro Gomes (PDT) foi ainda mais longe, e se comprometeu aumentar o valor das parcelas para R$ 1 mil.
Qual valor consta no Orçamento?
Apesar das inúmeras promessas, o que realmente consta na proposta orçamentária para 2023 é um pouco diferente. No texto do Orçamento que será enviado ao Congresso Nacional, o governo oficializa o Auxílio Brasil de R$ 400, mas faz um compromisso escrito de pagar R$ 600.
O tema está sendo abordado com cuidado, já que pode ser usado contra Bolsonaro por seus rivais há pouco mais de um mês das eleições. O programa atende hoje cerca de 20,2 milhões de famílias de todo o país, ou seja, um percentual importante dos eleitores brasileiros.
A despesa para pagar R$ 400 mensais no próximo ano está estimada em R$ 110 bilhões, enquanto os repasses de R$ 600 custariam cerca de R$ 160 bilhões.
O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o documento aos parlamentares. Enquanto isso, técnicos se desdobram para encontrar uma maneira de fazer o Auxílio Brasil ampliado caber dentro das regras fiscais.