Você teve a sorte de encontrar uma nota de R$ 200 por aí? Desde que a cédula foi lançada em setembro de 2020, muitos brasileiros dizem até hoje não terem visto a cor do dinheiro. A nota é a de maior valor do real e carrega como seu símbolo o animal lobo-guará. Atualmente o poder de compra da moeda caiu 19,6% por causa da inflação.
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Sem a intenção do Banco Central (BC) em aumentar a emissão, com o tempo a moeda deve se tornar mais uma raridade e até ganhar mais valor.
Ao menos aos olhos dos colecionadores. A estimativa é que apenas uma em cada quatro cédulas circula no país. Vários fatores levaram a isso. Entre eles, vemos o maior uso do PIX como meio de pagamento e a prática de guardar dinheiro em casa, usando mais notas de R$ 200 do que várias de menor valor.
Nota de R$ 200
A preocupação maior é que a prática de guardar dinheiro na residência seja vista como sinal de lavagem de dinheiro e de evasão fiscal. Por esses motivos, a criação da nota de R$ 200 não teve tanto efeito prático. Sendo assim, a maior parte dos brasileiros sequer viu o dinheiro de perto com os próprios olhos.
Em setembro de 2020, na fase crítica da pandemia da Covid-19, o Banco Central lançou a nota de R$ 200 com a intenção de evitar um desabastecimento de papel-moeda. Foram produzidas 420 milhões delas. A questão é que 74% ainda estão retidas. Não é para menos que a quantidade em circulação parece ser cada vez menor.
Não é vantagem para o comércio, por exemplo, receber uma nota de R$ 200. No geral, a dificuldade maior está no fato de precisar retornar um troco ao cliente. A maioria dos consumidores segue preferindo o uso de meios de pagamento como os cartões ou PIX, ou seja, que não haja a necessidade de saque.
Apesar do pouco uso da nota em questão, o BC garante que a circulação da moeda, assim como de qualquer outra, será feita de forma gradual e que o uso da cédula segue a previsão com base nas necessidades da sociedade. Por causa da inflação, a cédula de R$ 200 perdeu poder de compra de quando foi criada para cá. Hoje é de R$ 161.