Prepare o bolso: por que a gasolina corre o risco de aumentar novamente?

Anúncio de corte da produção de petróleo a nível global pela Organização dos Países Exportadores eleva alerta para nova alta de preço do combustível.



Os brasileiros vivenciaram no começo do ano uma verdadeira odisseia quando o assunto são os preços dos combustíveis, chegando a ser inviável a ideia de tirar o carro da garagem, seja para trabalho ou mesmo lazer.

Felizmente, desde junho, os valores cobrados pela gasolina, etanol e diesel nas bombas têm diminuído. Contudo, ao que parece, isso não deve durar por muito tempo.

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A redução dos impostos nacionais associada à baixa do barril do petróleo no mercado mundial foram os responsáveis pelas quedas.

Entretanto, recentemente, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) optou pelo corte da produção de petróleo a nível global, sendo esta sua maior suspensão desde 2020, na época da pandemia.

Preço da gasolina pode subir de novo?

Diante da decisão da Organização, a previsão é de redução na oferta de petróleo. Fato esse que pode pressionar a demanda e fazer com que o preço do barril volte a subir e gerar um aumento nos valores do produto, sobretudo na gasolina e diesel.

Com a redução da produção, o intuito da Opep é manter o valor da commoditie acima dos US$ 90. O preço do barril de petróleo influencia diretamente o valor cobrado pelos combustíveis brasileiros, pois a Petrobras utiliza como base a cotação internacional para definir sua política de preços.

Ou seja, quando a quantia cobrada pelo produto cai, os preços no Brasil tendem a seguir esse fluxo. Mas o mesmo vale na situação contrária, se houver um aumento nos preços no exterior, os combustíveis no país ficarão mais caros.

Novo cenário para os combustíveis

Os preços dos combustíveis passaram por reduções significativas que foram motivadas por fatores do cenário internacional, mas também com origem dentro do país.

Como por exemplo, a limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre 17% e 18% que, com a tributação menor, ajudou na queda dos preços. A desoneração de impostos federais sobre os produtos, com validade até dezembro, também contribuiu para a baixa.

Nesse sentido, mesmo com o anúncio da Opep, analistas já previam uma possível escalada dos preços dos combustíveis a partir de 2023, considerando que os descontos concedidos agora precisarão ser repostos de algum modo.




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