Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abriu uma consulta pública sobre a possibilidade de um carregador único para celular. O problema é que essa mudança afetaria diretamente os proprietários de alguns aparelhos, como iPhone, por exemplo.
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Isso acontece porque a ideia é manter os planos iniciais da União Europeia de pé. Por lá, o assunto começou a ser discutido recentemente e tem ganhado grandes proporções.
O Parlamento Europeu vinha discutindo a questão há algum tempo, mas nesta semana aprovaram o projeto que padroniza os carregadores de celular. O padrão estabelecido foi o USB-C. Haverá um prazo de dois anos para os países da União Europeia se padronizarem. A partir de 2026, a lei será estendida também aos notebooks.
A pergunta que fica, portanto, é se no Brasil poderá ser criado também um carregador único.
Entenda melhor o debate sobre o carregador único e universal
A discussão que envolve a padronização do carregador de celular em apenas um modelo mexeu com o ânimo das pessoas. Afinal, qual seria o tipo de celular reconhecido para ser o padrão entre todos eles? Dispositivos da Apple contam com características bem diferentes da Samsung e Xiaomi, por exemplo. Estamos falando do debate em outros locais do mundo, já que na Europa o consenso foi de estabelecer o carregamento USB-C.
O que não está em discussão é a facilidade que essa mudança poderia trazer. Isso porque todo mundo já passou pelo aperto de estar com o telefone quase sem bateria e não encontrar um carregador compatível com o aparelho. Ter um padrão de equipamento para qualquer celular do mundo inteiro seria uma mão na roda neste sentido.
De acordo com os parlamentares, a vantagem de padronizar o carregador de celular é diminuir a quantidade de lixo eletrônico que acaba sendo gerada no mundo inteiro. Além disso, ficaria muito mais fácil para os consumidores conseguir carregar os celulares em qualquer outro lugar. Não seria necessário que todos os celulares viessem com os carregadores, pois já haveria algum equipamento em casa.
De acordo com a União Europeia, a estimativa aponta para uma economia de 250 milhões de euros todos os anos.
E como anda a questão no Brasil?
Embora a Anatel tenha aberto a consulta pública, o tema está longe de chegar a um consenso rápido. Por aqui, se houver alguma mudança, os especialistas acreditam que serão necessários alguns anos para a sua implantação.