Tem quem diga que uma única sacola leva até 800 anos para se decompor. Outros acreditam em um período menor, mas menos preocupante: 300 anos. Ainda na melhor hipótese, é incalculável todos os impactos do uso das sacolas plásticas no meio ambiente. Uma lei aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) quer substitui-las.
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Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, até 1 trilhão de sacolas plásticas são consumidas ao redor do mundo todos os anos. Alguns países adotam medidas para reduzir o uso, por exemplo, ao não disponibilizá-las ou vendê-las aos clientes nos mercados. Em 90 países, elas são terminantemente proibidas.
Sacolas plásticas
Agora o STF decidiu aprovar uma lei na cidade de Marília, interior de São Paulo. O texto determina que as sacolas de plástico sejam substituídas pela versão de material biodegradável, ou seja, com menor impacto na natureza.
Com a decisão, outras cidades também podem adotar o mesmo entendimento sobre o assunto. A intenção é unir forças para proteger o meio ambiente em meio a todo esse consumismo desenfreado.
A decisão do STF deve então ser seguida em todo o Brasil em casos semelhantes nas demais instâncias da Justiça. Com a lei, os estabelecimentos de Marília terão que se adequar às mudanças e colocar fim ao uso das sacolas.
Para o relator, o ministro Luiz Fux, o poder público tem a responsabilidade de tratar o problema. “Essa é uma preocupação mundial”, considerou. A sugestão é de um ano a partir da publicação da decisão para que todos os estabelecimentos de Marília fiquem adaptados à lei.
Apesar disso, o ministro Ricardo Lewandoswki sugeriu que a medida fosse de aplicação imediata por considerar que, ao menos tecnicamente, a substituição é algo simples de ser feita. A preocupação se justifica pelo grande impacto no uso dos plásticas em tantas sacolas. Elas são responsáveis pelo entupimento de água nos bueiros e córregos.
A consequência é o aumento de enchentes em tempos de sujo e o acúmulo de lixo. Elas acabam sendo ingeridas por animais marinhos e liberaram gás carbônico durante a decomposição, contribuindo com a poluição.