Integrantes da base política ligada ao presidente Jair Bolsonaro (PL) têm feito pressão junto aos técnicos do Ministério das Comunicações para a criação de um parecer contrário à renovação da concessão da TV Globo, impedindo a continuidade das suas transmissões.
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De acordo com um documento interno e não oficial, são apontados 33 problemas que podem atrapalhar a emissora da família Marinho e inviabilizar a operação do seu sinal. O relatório, segundo rumores, não se trata apenas de um parecer técnico, mas um laudo apresentando todas as incongruências existentes no canal.
Informações obtidas pelo portal NaTelinha mostram que houve recusa por parte dos funcionários concursados do Ministério da Comunicações para a realização do laudo. Diante disso, o ministro Fábio Faria teria orientado que servidores nomeados produzissem o texto.
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A reportagem do portal teria conversado, sob sigilo, com um servidor público concursado e que está loteado no Ministério das Comunicações. Segundo ele, existe a ordem para o parecer contrário à Globo e, por isso, foi ordenado a realização de um pente-fino na documentação da emissora. De acordo com o servidor, “nada foi encontrado”.
Entretanto, apesar do resultado, foi pedido um novo processo de avaliação, por sua vez feita por equipes de pessoas com cargos comissionados. Foi nessa segunda análise que surgiram as 33 supostas irregularidades cometidas pela emissora dos Marinho desde o seu último período de concessão
Ao que tudo indica, o parecer mostra questões genéricas e que não são passíveis de prova de que o canal tenha descumprido alguma legislação em vigor. De acordo com um funcionário que teve acesso ao documento, uma dessas falhas seria a politização da Globo, que acaba beneficiando um partido político em detrimento de outros.
Além disso, existe um item que trata da perda dos valores familiares, que podem ser observados em cenas de novelas, por exemplo. No entanto, pela lei atual, essas características não podem ser consideradas irregularidades.
Lembrando que, no mês de outubro, a Globo enviou toda a documentação necessária para sua concessão pelo Estado. Mesmo sem uma decisão definitiva pelo atual governo, a emissora ainda pode continuar operando.
