Imposto de Renda: o que esperar de mudança na tabela? Brasileiros terão benefícios?

Atualização da tabela do Imposto de Renda é uma das principais promessas do presidente Lula (PT) no campo tributário.



A tabela do Imposto de Renda não sofre nenhuma correção desde 2015, há sete anos. A falta de reajuste nas faixas de renda para cobrança do tributo causa prejuízos para milhões de contribuintes, especialmente aqueles que com rendimentos mais baixos.

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Atualmente, os brasileiros que ganham mais de R$ 28.559,70 ao ano, ou cerca de R$ 1.903,98 mensais (contando com o 13º), são obrigados a declarar. O valor equivale a cerca de 1,5 salário mínimo por mês, o que é considerado pouco.

Em 2015, quando a última correção foi feita, o salário mínimo era de R$ 788. Na época, precisava enviar a declaração de IR apenas o trabalhador que recebia mais de 2,4 pisos nacionais mensais.

Considerando esses dados e o avanço da inflação nos últimos anos, atualização da tabela do IR é uma necessidade urgente dos cidadãos, que seguem pagando impostos de forma injusta. Por isso, ela é uma promessa de praticamente todos os candidatos à presidência da República, inclusive do presidente eleito Lula (PT).

Mudança na tabela do IR

A proposta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é ampliar a faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. De acordo com especialistas, a medida teria impacto de R$ 180 bilhões nos cofres públicos.

A mudança conta com o apoio de lideranças de partidos de centro e de direita, já que também era um compromisso de campanha de Jair Bolsonaro (PL). Autor do projeto que reajusta a faixa de isenção para R$ 5.200, o deputado federal Danilo Forte (União Brasil/CE) defende que este é o momento de aprovar a correção.

“A minha proposta é baseada na quantidade de salários mínimos, mas pode se adequar à pauta do novo governo para que ainda neste ano saia a correção da tabela do imposto de renda”, disse em entrevista à CNN.

Defasagem

Somente no governo Bolsonaro, a tabela do Imposto de Renda acumulou defasagem de 24,49%, segundo a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional). A diferença é de 134,53% desde 1996, considerando a inflação de 2021.




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