Em busca de ampliar sua base aliada no Congresso Nacional, o presidente eleito Lula (PT) conversa com partidos de centro e centro-direita. Livres e desimpedidas, siglas como MDB, PSDB, PSD, Cidadania e União Brasil já sinalizaram interesse em participar do novo governo.
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A coligação que elegeu o petista é formada por 10 partidos que também elegeram 122 deputados e 12 senadores. Aumentando sua base na Câmara, o próximo chefe do Executivo garantirá a aprovação de projetos que dependem de maioria simples.
Segundo integrantes da equipe de Lula, ele só irá anunciar os nomes de seus ministros depois de visualizar com clareza a base no Congresso. Além disso, ele sinalizou durante a campanha que pode aumentar o número de ministérios dos atuais 23 para 33, o que lhe dará margem para negociações.
MDB de Tebet
Sigla da senadora Simone Tebet, ex-candidata à presidência que apoiou Lula no segundo turno, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) é um dos focos da equipe do petista. Além de um bom ministério para Tebet, o partido quer mais clareza sobre pautas importantes, como a economia.
Em troca do apoio dos emedebistas, o novo governo poderá ter que abrir ainda mais espaços em ministérios, já que Tebet é considerada a cota do presidente.
União Brasil e PSD
O presidente do União Brasil, Luciano Bivar disse que “pode integrar a base”, embora os demais integrantes da sigla mostrem o contrário. Além de Sérgio Moro, forte opositor do petista, mais da metade dos senadores eleitos pelo partido declararam apoio à reeleição de Jair Bolsonaro.
Outro desafio será o PSD, mas esse pode ser um pouco mais simples. Em entrevista, o presidente do partido, Gilberto Kassab, afirmou que “todos sabem que há uma chance grande de caminhar para o apoio à gestão Lula.”
Base forte
Se conquistar o apoio desses três partidos, Lula terá uma base de aliados com 265 deputados e 43 senadores no Congresso Nacional. Caso não consiga a adesão de todas as siglas, o presidente eleito poderá tentar trazer para seu lado os chamados “independentes”.