Novembro é primavera no Brasil, estação conhecida como época de transição entre o inverno e o verão. Contrariando o costume, a primeira semana deste mês trouxe uma onda de temperaturas baixas típicas para o mês no país.
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A formação de geada nos três estados da região Sul e a queda inesperada de neve em partes de Santa Catarina gerou uma série de prejuízos aos agricultores. O tempo nas últimas semanas vem mostrando que esta primavera será diferente por conta do frio.
Os efeitos são resultado da influência do fenômeno La Niña, que pelo terceiro ano seguido causa o resfriamento do Pacífico Equatorial. O processo de resfriamento desta parte do parte do Oceano Pacífico é o mais intenso desde 1999, e acabou afetando o Brasil e outros países da América do Sul.
O que esperar do verão?
Os brasileiros que aguardam a chegada do verão em poucas semanas estão preocupados com as temperaturas baixas que seguem sendo registradas no país. O que muitos querem saber agora é: o frio indica um verão ameno ou intenso?
Em janeiro deste ano, Rio Grande do Sul, parte da Argentina e o Uruguai viveram uma onda de calor histórica, com o estado sulista registrando recorde oficial de calor. Em agosto de 2021, a Europa registrou a mais alta temperatura da sua história, de 48,8ºC, na cidade italiana da Siracusa.
Observando pelo ponto de vista do contexto de aquecimento planetário, os dois acontecimentos podem sinalizar ondas de calor mais intensas e frequentes nos próximos anos. Os mesmos modelos de previsão que indicaram um mês de novembro mais frio não sinalizam que o próximo verão será mais ameno.
A tendência mostrada nas previsões é de temperatura acima da média em pontos mais ao Sul do Brasil em janeiro e fevereiro. A expectativa até o momento é de um calor típico no estado gaúcho, com grande chance de períodos muito quentes e prováveis ondas de calor.