Um estudo realizado em 2013, pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), está viralizando agora, em 2022, com a Copa do Mundo do Catar. Isso porque o estudo da universidade brasileira sugere que os casos de infarto aumentam entre 4% e 8% em dias de jogos da nossa seleção no Mundial. Ou seja, a paixão por futebol poderia aumentar o risco de infarto.
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A pesquisa da USP tem como base levantamentos nos torneios que aconteceram entre 1998 e 2010. Segundo os autores da investigação, as fortes emoções vividas pelos adeptos fervorosos aumentam o risco.
Tensão, angústia, palpitação, falta de ar, ansiedade e nervosismo podem ser gatilhos para emergências médicas que requerem tratamento imediato. Assinam o artigo os cientistas Daniel Suzuki Borges, Rosane Monteiro, André Schmidt e Antonio Pazin-Filho.
O que causa o infarto é o jogo?
Se você é apaixonado por futebol, não se preocupe. Ou, pelo menos, não se preocupe a ponto de abandonar os jogos. Segundo especialistas, o risco é maior quando um alto nível de emoção encontra um coração enfraquecido. Dessa forma, a recomendação é manter os exames de check-up em dia para acompanhar de perto a saúde do coração.
Outra recomendação é ficar de olho no álcool e alimentos muito gordurosos. Em exagero, essas bebidas e alimentos são nocivos para quem já tem histórico de doenças coronárias ou possui fatores de risco como sedentarismo, sobrepeso e obesidade.
Risco de infarto no futebol é recorrente
O estudo viralizou por conta da Copa do Mundo, mas o assunto já foi notícia outras vezes. Isso porque, em 2019, após o título do Flamengo na Libertadores, dois torcedores morreram em decorrência de problemas cardíacos. Isso ocorreu por conta do grande estresse emocional, considerado um gatilho, principalmente para pessoas com doenças do coração ou com pressão alta.
Outro estudo, dessa vez realizado na Alemanha e publicado na revista Scientific Reports, revelou que, na época da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, especificamente na final entre Alemanha e Argentina, a taxa de internações por ataques cardíacos aumentou. O problema ficou ainda mais explicito porque a mortalidade devido ao problema também foi consideravelmente mais alta em comparação com o mesmo período – 12 de junho a 13 de julho – dos anos anteriores e subsequentes (2013 e 2015).
Curiosamente, ou não, o ano de 2014 foi também o que Alemanha e Brasil se enfrentaram no Mundial e tiveram como resultado o inesquecível 7×1 que amarga na memória de qualquer brasileiro.