Salário mínimo e teto da isenção do Imposto de Renda ficam mais próximos

Aumento no piso nacional e falta de reajuste na tabela do Imposto de Renda aproximam teto do tributo e salário mínimo.



Brasileiros que recebem remunerações baseadas no salário mínimo comemoraram a notícia do aumento do valor para R$ 1.320 anunciado para 2023. Entretanto, muitos deles têm motivos para deixar de celebrar o reajuste porque foram incluídos na primeira faixa do Imposto de Renda.

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Em 2023, quem recebe até 1,5 salário mínimo terá que pagar o imposto. Esse é o resultado da falta de correção na tabela do IR, que não sofre atualização desde 2015.

Senadores estão preocupados com a situação e pressionam o governo pela ampliação da faixa de isenção para que brasileiros com menos renda não tenham que arcar com o imposto. Hoje, fica livre da cobrança apenas quem ganha até R$ 1.903,98 mensais.

A última atualização da tabela ocorreu em 2015, quando o rendimento máximo para que uma pessoa não precise pagar o IR passou para o teto mencionado acima. Naquele ano, R$ 1.903,98 era equivalente a quase 2,5 vezes o salário mínimo, fixado em R$ 788.

É importante destacar que o mínimo ainda segue sendo de R$ 1.302, conforme previsto na medida provisória aprovada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em dezembro. Apesar da promessa de campanha, Lula ainda não oficializou os R$ 1.320.

Projetos de reajuste

Tramitam no Senado diversos projetos para atualização na tabela do Imposto de Renda, incluindo textos que querem a ampliação da faixa de isenção ou a criação de um gatilho baseado na inflação.

Ela, aliás, é um dos fatores que deixam mais gente de fora da lista de isentos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor do aumento dos preços (inflação) no país, acumula alta superior a 59% desde 2015. Já o recorde de declarações enviadas foi atingido em 2022: 36 milhões de documentos.




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