O ChatGPT causou um reboliço tanto no mercado de tecnologia quanto na sociedade em geral. Isso porque as pessoas perceberam que o algoritmo poderia fazer o trabalho delas em poucos segundos. Mas será mesmo que esta ferramenta vai substituir a mão de obra no emprego dos humanos?
Leia mais: Sem papas na língua: cofundador da Apple expõe verdade sobre ChatGPT
Para Marina Feferbaum, coordenadora do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação de Direito da Fundação Getúlio Vargas, a ferramenta deve ser vista como uma ajuda, não substituição.
“O que é muito importante da gente distinguir é que o ChatGPT é uma inteligência artificial (IA) genérica, que se presta a muitas coisas, diferente de outras específicas, como aquelas criadas para jogar xadrez, identificar rostos e etc”, diz Marina.
Como a IA pode ser usado para conviver pacificamente com seres humanos?
Ela vê o ChatGPT e as ferramentas afins como forma de “liberar” os humanos de tarefas repetitivas. “Libera essa mão de obra que estaria fazendo essas tarefas para fazer coisas mais complexas e ter um ganho de escala muito grande”, explica.
Como exemplo, ela pontua o atendimento e apoio ao cliente, algumas partes da escrita de texto para veículos de mídia, orientações médicas em chats, criação de roteiros de viagens e reservas de hotel. Além disso, ela lembrou que a máquina precisa ser “ensinada” e, para isso, ainda é necessária a mão de obra de um ser humano.
Não ignore o ChatGPT se quer manter seu emprego
Eliezer Viana, sócio da Mazars, especialista em cibersegurança e transformação digital, vai além. Para ele, existem “muitas possibilidades a serem exploradas a partir da plataforma”. O empresário acredita que a ferramenta poderá expandir a geração de conteúdo e aumentar o número de agências, profissionais, redatores e editoriais.
Ademais, ele acredita que fugir ou ignorar os impactos do algoritmo no trabalho é um movimento em vão. A ideia é se apoderar do ChatGPT e usá-lo para aprimorar o que você já faz e tentar aproveitar as oportunidades que ele oferece.
A opinião entre os especialistas é unânime: tarefas legitimamente humanas ainda serão exigidas e valorizadas. Além disso, uma máquina jamais pensará como um ser humano. Isso deve ser levado em consideração ao questionar o uso do ChatGPT no seu emprego.