Milhões de brasileiros com dinheiro “esquecido” em instituições financeiras poderão solicitar esses recursos a partir das 10h de amanhã, 7. Os valores a receber somam cerca de R$ 6 bilhões e podem ajudar muita gente que está no aperto neste início de ano.
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Após um longo período de suspensão do Sistema de Valores a Receber (SVR), o Banco Central liberou novas consultas na semana passada. Agora é a vez dos brasileiros pedirem a devolução desse saldo.
Do montante total, mais de R$ 3,1 bilhões estão parados em bancos e R$ 2,1 bilhões em administradoras de consórcio. Outros R$ 602 mil aguardam resgate em cooperativas, R$ 96 mil em instituições de pagamento, R$ 40 mil em financeiras, R$ 9,4 mil em corretoras e R$ 1,9 mil vêm de outras fontes.
Segundo levantamento do Banco Central, o dinheiro é destinado a 38,5 milhões de pessoas físicas e 2,4 milhões de empresas.
Como solicitar o dinheiro esquecido
O pedido do dinheiro ao banco ou financeira deve ser feito no site valoresareceber.bcb.gov.br, a partir das 10h de terça. Antes do processo, é preciso fazer uma consulta na área “Acessar o SVR”, usando uma conta Gov.br nível prata ou ouro. Veja como:
- Acesse o site e escolha a opção “Consulte se tem valores a receber”;
- Digite o CPF ou CNPJ;
- Informe a data de nascimento ou de abertura da empresa;
- Aperte em “Consultar”;
- Descubra se há ou não valores a receber.
A partir de amanhã, o usuário deverá retornar ao site do SVR, clicar em “Meus Valores a Receber” e aceitar o “Termo de Ciência” para solicitar o saque dos recursos. Vale destacar que herdeiros ou representantes legais podem fazer o resgate em nome de pessoas falecidas.
Frustração
Segundo o BC, as consultas ao sistema totalizaram 15 milhões nos primeiros três dias de abertura. Desses usuários, 4 milhões tinham algum dinheiro esquecido e 11 milhões não tinham nada a receber.
Muita gente pode se frustrar nesta segunda fase, já que dos 40,9 milhões de brasileiros com direito a algum valor, 29,3 milhões vão poder sacar até R$ 10. Somente 643 mil são donos de quantias acima de R$ 1.000.