Aplicativo chega ao mercado para concorrer com Uber e 99; motorista recebe 90%

Concorrente para plataformas já consolidadas, MobizapSP já está disponível nas lojas de aplicativo Google Play e Play Store.



Chegou ao mercado um novo aplicativo de transporte que promete ser mais vantajoso para o motorista parceiro do que concorrentes como Uber e 99. O MobizapSP é uma ferramenta da Prefeitura de São Paulo que pode ser baixada nas lojas virtuais Google Play e App Store.

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Ainda não há previsão para o início das viagens, já que o plano da gestão municipal é reunir entre 10 mil a 12 mil motoristas autônomos antes de iniciar os trabalhos. Essa é a segunda tentativa do governo paulistano de criar um aplicativo de viagens, levando conta que em 2018 o SPTáxi não teve sucesso.

Diferenças

Em plataformas como Uber e 99, a taxa de administração cobrada pela empresa varia entre 40% e 60%, enquanto no MobizapSP a ideia é repassar 90% dos ganhos para o profissional. Segundo a prefeitura, a tarifa por quilômetro rodado e tempo de viagem serão semelhantes às praticadas pelos aplicativos particulares, mas não haverá tarifa dinâmica.

O serviço não tem tarifa de cancelamento ou taxa mínima de remuneração dos trabalhadores. Para garantir mais segurança, a ferramenta terá um “botão do pânico”, embora nenhuma penalidade como suspensão ou exclusão tenha sido anunciada como punição para situações de perigo.

Todas as viagens terão início na capital de São Paulo, mas o passageiro pode ter como destino outras cidades. Condutores que vivem em outros municípios ou têm carros licenciados fora do município também poderão prestar serviços pelo aplicativo.

Segundo o secretário municipal de Mobilidade e Trânsito, Ricardo Teixeira, o desenvolvimento do app não teve custo para a prefeitura, já que foi realizado por um consórcio de quatro empresas de tecnologia. Por isso, a taxa de administração será destinada ao grupo.

Críticas

O presidente do Statesp (Sindicato dos Trabalhadores com Aplicativos de Transportes Terrestres do estado de São Paulo), Leandro Medeiros, criticou a administração municipal por não ter ouvido motoristas e empresas do setor durante o processo de criação da plataforma. Ele também pontua que não há muitas informações sobre medidas de segurança e eventuais penalidades.

“A gente é a favor de toda empresa de tecnologia que venha com uma taxa melhor para o mercado para ajudar o trabalhador, isso é fato. Mas quando você não define todas as preocupações dos trabalhadores, que são inúmeras — não só os ganhos mas a situação previdenciária e a segurança do trabalhador —, parece que é um aplicativo lançado mais pela questão política”, diz.




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