El Niño volta após 3 anos: como ficam as chuvas no Brasil?

Após três anos, o La Niña chega ao fim e é substituído pelo El Niño; Entenda como isso afeta o clima brasileiro



Com o final do mês de fevereiro, o mundo se despediu do La Niña, fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial. Na prática, o clima global estava sob influência do La Niña há três anos. Agora, o planeta começa a sofrer influência do El Niño que, na prática, deve elevar as temperaturas.

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Nesse sentido, há 65% de probabilidade de isso acontecer entre os meses de julho e setembro. Os dados são da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).

Efeitos

Apesar de ainda não ser possível ter total precisão de quando os efeitos do El Niño chegarão, algumas mudanças já devem ocorrer a partir de maio, mas terão intensificação no segundo semestre deste ano. Assim, a expectativa é que haja uma forte influência na atmosfera, gerando temperaturas altas e períodos chuvosos mais longos.

Histórico

A última vez que o planeta sofreu influência do El Niño foi entre 2015 e 2016, quando ocorreu o ano mais quente da história, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Assim, é importante ressaltar que os efeitos de tal evento climático podem se estender por até 18 meses.

Contudo, desde 2020, o planeta vinha sofrendo as consequências do La Niña, como os temporais no Norte e Nordeste do Brasil, assim como as secas nas regiões ao sul do país.

Impactos

Já o El Niño se caracteriza por um aquecimento anormal do Oceano Pacífico Equatorial, uma vez que ventos alísios sopram com uma intensidade menor que a tida com normal. Na prática, a temperatura do mar sobe pelo menos meio grau acima da média, podendo atingir até 28°C. Por fim, tais mudanças geram um ar quente que altera os padrões atmosféricos. Na região Amazônica e no Nordeste, por exemplo, a tendência é de seca e altas temperaturas.

A ação explica, inclusive, a seca na Amazônia em 2016, que provocaram incêndios e aridez com a devastação de 2,5 bilhões de árvores da floresta. Já os brasileiros que vivem ao sul do Brasil podem se preparar para períodos de muitas chuvas, aumentando o risco de enchentes em diversas partes.

Apesar do fenômeno já ser conhecido, o maior receio é que esses eventos ocorram de forma cada vez mais extrema, causando prejuízos incalculáveis. Isso porque, o brasil ainda está atrasado no que se diz respeito a políticas públicas voltadas para adaptações climáticas. Por fim, a frequência de desastres provocados por eventos climáticos tem como motor propulsor o aquecimento global e, portanto, a tendência é que eles piorem.




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