Um estudo recente publicado na revista científica International Journal of Human-Computer Interaction revelou que a maneira como as pessoas utilizam seu mouse e teclado pode indicar se estão estressadas ou não. Ficou curioso(a)? Continue lendo para entender!
Leia também: Ter um pet em casa deixa o dia mais leve e alivia o estresse, diz estudo
Os pesquisadores registraram os comportamentos de 90 participantes ao utilizar os equipamentos, enquanto mediam seus batimentos cardíacos. Com base nisso, puderam analisar a velocidade e a pressão que aplicada sobre os periféricos e descobriram que aqueles que estavam mais estressados tendiam a digitar mais rapidamente e com mais força.
O estudo também revelou que o estresse pode afetar a precisão dos movimentos do mouse. Os participantes que estavam sob pressão apresentaram uma maior probabilidade de clicar em locais incorretos ou de arrastar itens de forma imprecisa na tela.
Esse efeito é explicado pela teoria do ruído neuromotor, que propõe que a adaptação biomecânica a níveis mais elevados de ruído neuromotor ocorre em níveis mais elevados de rigidez dos membros. Essa adaptação pode explicar a melhoria do desempenho em atividades mais simples e a piora em ações mais complexas sob estresse.
Estudo de uso do mouse e teclado em situações de estresse ainda precisa de refinamento
Segundo os pesquisadores, o objetivo do estudo é prevenir o estresse crônico, que pode ter consequências graves para a saúde física e mental das pessoas. Apesar dos avanços da pesquisa e da evolução da aprendizagem de máquina, os pesquisadores consideram que a metodologia tem limitações para a aplicação no mundo real.
Isso porque o estudo foi realizado apenas com 90 participantes em um ambiente controlado, o que significa que os modelos de detecção de estresse não generalizam bem para dados de indivíduos não vistos.
Para calibrar a ferramenta, seria necessário coletar mais dados. Além disso, os pesquisadores afirmam que é importante garantir a privacidade dos dados dos usuários e que a tecnologia deve ser usada para ajudar os trabalhadores a identificar o estresse precocemente, não para criar uma ferramenta de monitoramento para as empresas.
Com a ajuda da tecnologia, pode ser possível, um dia, que as pessoas identifiquem o estresse e tomem medidas para combatê-lo antes que ele se torne crônico.