No último ano, Tim Cook, CEO da Apple, afirmou que a maior contribuição da empresa seria na área de saúde mental das pessoas. Nesse sentido, a gigante de tecnologia já tem o Apple Watch, que oferece recursos voltados para a saúde.
Leia mais: Apple Watch finalmente deve receber grandes novidades
No entanto, ao que tudo indica, a empresa não vai parar por aí. Isso porque, rumores apontam o desenvolvimento do Quartz, serviço de “coach” de emoções usando Inteligência Artificial (IA).
Apesar de a Apple ainda não ter confirmado a novidade, muito já se fala sobre a confiabilidade de compartilhar dados de saúde com a empresa.
Saúde
Vale lembrar que desde o lançamento do Apple Watch, já ocorre uma coleta ativa de informações de saúde dos usuários cadastrados. Dentre eles está, por exemplo, informações sobre movimento, calorias consumidas e queimadas, horas de sono e até mesmo gerenciamento de aplicativos.
Contudo, essa coleta de dados pelo dispositivo não é bem aceito por médicos e profissionais da saúde. Um dos motivos desta resistência é o fato de que o recurso informa que um usuário não está se movimentando o suficiente, contudo não explica os problemas ou o que pode ser feito para melhorar.
Além disso, como não há uma confirmação da maneira em que ocorre a coleta de informações, não é possível checar sua veracidade. Vale lembrar que a Apple não é a única a se aventurar na área de saúde. Em 2018, por exemplo, a Amazon anunciou a aquisição da PillPack para entrar na área de medicamentos prescritos e, no ano passado, da One Medical, para integrar com médicos.
Quartz
Agora, o novo serviço de treinamento da Apple funciona como se fosse uma expansão do que já existe no Apple Watch. Na prática, o Quartz é projetado para manter os usuários motivados a se exercitar, além de melhorar hábitos alimentares e ajudá-los a dormir melhor.
Tudo isso ocorrerá a partir do uso de Inteligência Artificial e dados da Apple Watch para fazer sugestões, assim como criar programas de treinamento personalizados para os usuários.
Por fim, o recurso é inspirado no LumiHealth, um programa que tem como foco o bem-estar e coaching, lançado em 2020, em parceria com o governo de Singapura. A diferença é que o LumiHealth pagava recompensas para usuários que atingiam as metas de saúde, enquanto o novo aplicativo deve ser por assinatura.
Dados de saúde da Apple
O serviço pode funcionar como uma espécie de repositório de dados de saúde mental e física. Assim, a ferramenta será capaz de fazer sugestões acerca das emoções, rotina de exercícios, alimentação e mesmo sobre o sono dos assinantes.
Apesar de não haver uma confirmação de lançamento do dispositivo, especialistas já apontam que a ferramenta pode estimular os usuários a passar ainda mais tempo conectados. Vale lembrar que este não é um hábito saudável.
Além disso, a ação de “monitoramento das emoções” estimula a digitalização de atividades que poderiam ocorrer no offline para maior qualidade de vida. Dentre elas estão ações simples como anotar sentimentos em um caderno ou relaxar em lugares ao ar livre.
Por fim, o envio contínuo de notificações tende a pressionar o usuário por resultados diários, causando influência na saúde mental.
