Até pouco tempo, muitos acreditavam que a inteligência artificial (IA) era algo ao qual teríamos acesso no futuro, que levaria décadas para que os robôs e chatbots começassem a fazer parte do dia a dia das pessoas, ajudando até mesmo nas tarefas mais complexas. O cenário mudou e avançou rapidamente em alguns meses, quando o ChatGPT, da empresa OpenAI, foi lançado. Ele deu início a uma corrida pelo desenvolvimento da tecnologia.
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O professor emérito da Universidade de Nova York (NYU), nos Estados Unidos, Gary Marcus, escreveu um artigo sobre isso e quanto às suas previsões, que foram consideradas loucas, mas agora estão se concretizando. O docente é uma das principais vozes da atualidade que debate o assunto.
Segundo ele, o desenvolvimento da inteligência artificial é algo impressionante, mas também gera preocupação. Neste ano, notícias envolvendo os dispositivos e sérios problemas começaram a aparecer na mídia.
Para professor, IA é inacreditável, mas preocupante
Na Bélgica, um homem tirou a própria vida após conversar frequentemente com o recurso da empresa Chai. Informações apontam que as interações incentivaram a decisão tomada pelo cidadão. Esse cenário foi previsto pelo professor meses antes, em artigo para a revista Wired.
Ele afirmou que as ferramentas atuais não são regulamentadas, ou seja, não há um controle. A cada dia, o mecanismo recebe mais poder, então não se sabe como os sistemas “reagem” em determinados contextos. Em algum momento, a situação pode fugir do controle.
O professor chegou até mesmo a reunir as suas previsões, especificamente sobre o ChatGPT, em uma lista.
Marcus ressalta que o assistente virtual cometerá erros estúpidos e difíceis de controlar e até de prever.
Recentemente, a plataforma se envolveu em polêmicas, como no caso em que o usuário pediu ao chat que citasse acadêmicos envolvidos em episódios de assédio sexual. Em resposta, ele mencionou um docente norte-americano e deu detalhes de como um caso que, na verdade, nunca aconteceu.
A OpenAI respondeu que a sua criação ainda não fornece respostas precisas.
O professor defende a importância da cautela no uso e desenvolvimento dessas ferramentas, mas esse tipo de posicionamento não é muito bem visto pelas empresas.