Entenda por que especialistas defendem a regulamentação do cigarro eletrônico no Brasil

Mesmo sendo proibido, o produto pode ser encontrado facilmente no comércio em diversos sabores. Para mudar a situação, especialistas defendem a regulamentação no país.



Não é novidade que o uso do cigarro pode causar uma série de problemas de saúde. Por essa razão, muitas pessoas buscam formas de abandonar o hábito. Prova disso são os dados do Governo Federal, que estão mostrando que o ato de fumar cigarros tradicionais está cada vez menos popular no Brasil, visto a queda de 40% no número de fumantes nos últimos 12 anos.

Leia mais: Cigarro eletrônico: item da moda se tornou um pesadelo para a reciclagem

Cigarro eletrônico no Brasil

Apesar disso, uma nova forma de tabagismo está se popularizando no país: o cigarro eletrônico, também conhecido como “Vape”. Embora seja proibido, cerca de 2,2 milhões de brasileiros o utilizam, segundo levantamento da Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec). Diante desse cenário, especialistas indicam que o melhor caminho para reduzir esse hábito nocivo à saúde é a regulamentação. Entenda o porquê ao longo do texto.

Os cigarros eletrônicos têm o formato de uma caneta e são integrados com uma bateria que geralmente contém um líquido concentrado de nicotina. O conteúdo desse produto é composto por diversos elementos. O que mais atrai os usuários são os aromatizantes que acabam por dar sabor ao produto.

Atualmente, o item pode ser encontrado em diversos estabelecimentos com uma gama de sabores, uma vez que a mercadoria não passa por uma fiscalização, além de não ter nenhuma regulamentação no país. O produto é proibido em território nacional desde 2009, mas mesmo assim o seu consumo quadruplicou entre 2018 e 2022.

Por que a regulamentação é uma boa saída?

Segundo os especialistas, uma estratégia para mudar esse contexto é justamente fazer a regulamentação da venda de cigarros eletrônicos. Em entrevista ao portal R7, a farmacêutica e ex-diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Alessandra Bastos, explica não haver informações sobre os fabricantes, tampouco sobre as substâncias presentes no produto, o que pode gerar uma questão de saúde pública grave.

Diversos países, como os Estados Unidos, enfrentaram problemas com os vaporizadores ilegais ou adulterados, algo que só foi possível resolver com a regulamentação. Cerca de 80 países adotaram a estratégia que beneficiou até mesmo os consumidores, pois agora eles têm acesso a um produto mais seguro e com menor risco à saúde.

O cardiologista Konstantinos Farsalinos ressalta que essa medida precisa ser tomada o mais rápido possível, já que a cada dia, o número de fumantes de cigarro eletrônico só cresce. Anvisa detalhou que o assunto está sendo discutido e que um texto deve ser apresentado à Diretoria Colegiada da Anvisa (DICOL).




Voltar ao topo

Deixe um comentário