Especialistas apontam que, diante do aumento nos preços dos carros novos e usados, juntamente com os altos custos de manutenção e combustíveis, é válido considerar outras alternativas além da compra de um carro no Brasil. Ficou curioso(a)? Então continue lendo para entender conosco!
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Entre as opções está um clássico entre influenciadores de educação financeira: investir em aplicativos de transporte ou serviços de aluguel de carros. Mas essa não é a única opção.
A discussão voltou a ser popular porque, na semana passada, o governo federal anunciou medidas para reduzir o preço dos carros populares, por meio de descontos em impostos federais, com o objetivo de diminuir o valor dos veículos de entrada em pelo menos 1,5% e no máximo 10,96%.
Olhando para o cenário, no entanto, Antônio Jorge Martins, coordenador de cursos automotivos na Fundação Getulio Vargas (FGV), destacou ao jornal Extra que o consumidor deve considerar a depreciação do carro ao longo dos anos e avaliar a diferença entre o valor de compra e o valor de revenda, entre outras coisas.
Despesas somadas tornam carro no Brasil inviável para muitos
Além dos altos preços de compra, existem outras despesas adicionais, como emplacamento e licença, que aumentaram 22,13% nos últimos 12 meses, de acordo com o Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA). O Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) também encareceu devido ao aumento dos preços dos veículos. A inflação entre carros novos atingiu 5,19% nos últimos 12 meses.
Diante disso, o mercado de carros usados tornou-se mais atraente, levando ao aumento dos preços. No entanto, os custos de mão de obra para manutenção também aumentaram, principalmente porque as pessoas deixaram de vender carros usados para comprar modelos novos, devido às taxas de juros mais altas. O aumento das apólices de seguro também contribui para os gastos adicionais.
Segundo especialistas, outro agravante é que a pandemia teve como consequência o aumento da demanda por serviços de aluguel de veículos, que encareceram em cerca de 6,48% nos últimos 12 meses. A frota de carros alugados no Brasil aumentou de 80 mil para 110 mil veículos entre 2020 e 2022, de acordo com a Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (Abla).
No entanto, muitos consumidores brasileiros ainda têm dificuldade em comparar os custos entre manter um carro próprio e alugar um veículo conforme suas necessidades, levando em consideração o alto preço de compra, a depreciação e os custos adicionais, além da falta de comodidade e responsabilidades em caso de acidentes.
