Seu sangue é como ‘doce’ para os mosquitos? Há uma razão para isso

Descubra como controlar o odor corporal pode afastar os mosquitos e prevenir doenças. Saiba mais sobre estratégias eficazes de proteção.



Você já se perguntou por que alguns mosquitos parecem ser mais atraídos por você do que por outras pessoas? Um estudo inovador revelou que o odor corporal desempenha um papel fundamental nessa perseguição incômoda.

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Arena ao ar livre revela os mistérios da atração dos mosquitos

Uma equipe de cientistas criou uma arena ao ar livre na Zâmbia, do tamanho de um rinque de gelo, para investigar como os mosquitos nos perseguem a longas distâncias. Eles descobriram que certas pessoas são mais atraentes para esses insetos indesejados devido às características específicas de seu odor corporal.

Essas descobertas têm o potencial de revolucionar as estratégias de controle de mosquitos, resultando em uma melhor prevenção de doenças transmitidas por esses insetos. Alicia Showering, candidata a doutorado na London School of Hygiene & Tropical Medicine, destacou a importância desses avanços em uma entrevista à “BBC Science Focus”.

Estudo pioneiro revela como os mosquitos perseguem seus hospedeiros

O estudo, publicado na revista Current Biology, foi pioneiro ao testar a capacidade dos mosquitos Anopheles gambiae, os principais vetores da malária na África, de localizar hospedeiros humanos em um ambiente “do mundo real”. A arena de 1000 m³ no distrito de Choma, na Zâmbia, proporcionou um cenário autêntico para observar o comportamento desses mosquitos.

Mosquitos: por que alguns odores são mais atraentes do que outros?

Os pesquisadores, do Instituto de Pesquisa da Malária da Escola Bloomberg de Saúde Pública Johns Hopkins e do Macha Research Trust, analisaram fatores como o calor, o odor corporal e a liberação de CO2 na respiração humana como atrativos no processo de caça dos mosquitos.

Durante o estudo, foram liberados 200 mosquitos famintos na arena, onde foram monitorados por câmeras de infravermelho. As almofadas de pouso na arena, aquecidas à temperatura da pele humana, serviram como indicação de que os mosquitos estavam prontos para morder quando pousavam nelas.

Para compreender melhor os padrões de atração, seis voluntários dormiram em tendas individuais ao redor da arena, com tubos conectados para a coleta dos odores corporais. Utilizando dutos de ar condicionado reutilizados, os pesquisadores canalizaram o ar das tendas, juntamente com os odores corporais dos participantes adormecidos, para as almofadas de pouso.

Os resultados revelaram diferenças significativas na composição dos odores corporais dos voluntários. Fatores como dieta, secreções cutâneas, micróbios e emissões respiratórias influenciaram a mistura única de substâncias químicas presentes no odor de cada pessoa.

Avanços científicos abrem caminho para o controle dos mosquitos

Ao identificar essas diferenças, os cientistas agora podem concentrar seus esforços em sintetizar atrativos mais eficazes para armadilhas de mosquitos. Isso tem o potencial de reduzir as picadas e a transmissão de doenças graves, como a malária.

A pesquisa representa um avanço promissor na luta contra a malária no Brasil e no mundo. A possibilidade de desenvolver ferramentas mais eficientes no combate a esses insetos pode melhorar significativamente a qualidade de vida e os resultados de saúde em áreas onde a doença é mais prevalente.




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