Cirurgiões e enfermeiras passam horas lidando com sangue e órgãos durante os procedimentos cirúrgicos, o que pode causar fadiga ocular e diminuição da sensibilidade ao tom vermelho. Olhar para os tons verdes ou azuis de tempos em tempos ajusta a retina, aumentando o contraste e facilitando a visualização de detalhes importantes.
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As cenas após a ação médica
No passado, as roupas médicas eram predominantemente brancas, principalmente porque essa cor precisa de mais cuidados, logo ela passa uma sensação de higiene e limpeza. Entretanto, após horas em cirurgia, observando o tom avermelhado por muito tempo, os médicos – ao olhar para o branco – passaram a enxergar uma cor oposta: um tom verde-azulado, que é chamado de ciano.
Isso é conhecido como pós-imagem negativa, pois são manchas de cores opostas que se formam na retina.
Explicando o fenômeno com o RGB
Conhecido por ser um método que utiliza as cores primárias RGB (vermelho, verde e azul), ele está frequentemente presente na formação de outras cores em televisões e computadores. A cor branca é a combinação de verde, azul e vermelho.
Quando os cones da retina observam o vermelho por muito tempo, a luz branca é capturada principalmente pelos cones verde e azul. O que resulta em um conjunto dessas duas cores, alterando a percepção da visão.
Por isso, o ciano era percebido ao olhar para a roupa branca.
Escolha do verde
A criteriosa seleção de azuis ou verdes nas roupas dos profissionais vai além da estética. Essa escolha contribui para o conforto visual, melhora o desempenho durante a cirurgia e garante a segurança e o sucesso dos procedimentos.
A primeira menção de um profissional de saúde que decidiu utilizar a cor verde foi feita em um jornal de enfermagem em 1914. Desde então, o verde tornou-se uma escolha popular, pois oferece o contraste ideal para a visão de um profissional durante uma cirurgia.