Adeus, AirDrop! China ataca novamente e restringe uso de Bluetooth no país

Órgão regulador da China pretende aplicar mudanças relacionadas ao uso de ferramentas de compartilhamento sem fio. Entenda.



Os internautas chineses podem passar por uma série de mudanças relacionadas à regulamentação do uso de Bluetooth e AirDrop, da Apple, em breve. A autoridade reguladora do ciberespaço do país pretende divulgar as novas regras a respeito da utilização de ferramentas de compartilhamento de arquivos sem fio.

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Segundo informações da CNN Brasil, as normas estão focadas na restrição do uso, com o intuito de garantir a segurança nacional. A primeira versão dessa proposta foi publicada na semana passada pela Administração do Ciberespaço da China, que responde diretamente ao líder Xi Jinping.

O esboço da proposta mostra que será proibido publicar ou compartilhar informações consideradas “ilegais ou prejudiciais”. Além disso, será necessário denunciar qualquer violação ao órgão regulador, sem contar que os responsáveis por criar ou apoiar a disseminação de informações precisam solicitar que os usuários forneçam os seus nomes verdadeiros, bem como informações pessoais.

Outro ponto que chama atenção no rascunho é que os provedores desses serviços devem elaborar avaliações de segurança a cada lançamento de aplicativos ou recursos que apresentem funções similares de mobilização do público. Vale lembrar que o órgão regulador lançou uma consulta pública com o intuito de receber feedbacks das normas propostas. Essa consulta deve durar até 6 de julho.

Por que a China adotou esta estudando adotar essa medida?

Essa decisão foi impulsionada após uma onda de protestos antigoverno onde os participantes usaram o AirDrop para mobilizar a população e compartilhar informações. O protesto foi considerado raro entre a mídia internacional. Jornais, como o The New York Times, mostraram que slogans e panfletos contra o líder do país foram disseminados em outubro do ano passado.

Os críticos da proposta afirmam que optar pela decisão pode sufocar a livre expressão, além de se apresentar como uma espécie de golpe nos ativistas, uma vez que os recursos digitais dessas pessoas estão cada vez mais escassos.

Apesar disso, muitos desses ativistas estão esperançosos e buscando possíveis alternativas para driblar a situação, como com o uso das Redes Privadas Virtuais (VPNs).




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