É provável que os humanos estejam inalando praticamente um cartão de crédito por semana, mas sem perceber. Ao menos é o que mostra uma pesquisa publicada na revista Physics of Fluids. O estudo ressalta que as pessoas podem estar inalando microplásticos. A quantidade apontada é de aproximadamente 16,2 bits a cada hora. Essa quantidade pode equivaler a um cartão de crédito, ao acumular o material por uma semana.
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Pessoas estão inalando plástico
O autor do estudo, Mohammad S. Islam, esclareceu que esse material em partículas já foi encontrado na água, no ar e no solo, mas essa é a primeira vez em que foram apresentadas evidências de microplásticos nas vias aéreas humanas, o que está gerando preocupação sobre a saúde respiratória. As informações são do portal Olhar Digital.
Segundo as informações divulgadas, os microplásticos são formados pela decomposição de produtos plásticos no ambiente e contêm uma variedade de poluentes e substâncias tóxicas, o que pode significar um perigo para a saúde.
O que os pesquisadores descobriram?
O estudo visa compreender como os microplásticos se deslocam no sistema respiratório, com o intuito de aprimorar as medidas de prevenção e tratamento dessas condições de saúde. Vale ressaltar que essa pesquisa é do ano passado. Essa foi a primeira vez em que foram identificadas evidências de microplásticos se acumulando na cavidade nasal.
O autor do estudo esclarece que o processo para que o material se mantenha nessa região é impulsionado pela anatomia do corpo assimétrica nas vias aéreas. O fluxo na cavidade nasal apresenta um comportamento complexo, o que acaba desviando o material do fluxo e, assim, são depositados até mesmo no posterior da garganta, além da cavidade nasal.
Outros pontos, como a velocidade do fluxo e as inércias das partículas, contribuem para esse processo. Os pesquisadores, por meio dos resultados obtidos, expressaram preocupação em relação à exposição e inalação de microplásticos, principalmente em regiões com altas taxas de poluição plástica ou atividade industrial.
A equipe liderada pelo pesquisador Islam tem a intenção de contribuir para o desenvolvimento de ferramentas voltadas para a promoção da saúde pública, por meio do estudo.
