O Grupo Pão de Açúcar anunciou que fechou um acordo para vender 11 lojas de supermercado para um fundo privado, no valor de R$ 330 milhões. A informação foi divulgada nesta terça-feira (20). De acordo com o grupo, o acordo foi fechado por meio de uma operação conhecida como “sale and leaseback” (compromisso de compra e venda para subsequente locação). Contudo, o fundo privado comprador não foi divulgado.
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Dessa forma, os contratos de locação terão prazo inicial de 15 anos, exceto três lojas que serão alugadas com prazo de 18 anos. “A operação faz parte do plano de redução da alavancagem financeira da companhia ao longo de 2023 e 2024, contribuindo para redução da dívida líquida e reforço da sua estrutura de capital”, afirmou o Pão de Açúcar no comunicado emitido.
Prejuízo e dívidas
No primeiro trimestre de 2023, o grupo teve um prejuízo líquido de R$ 248 milhões. O dado é contrário ao lucro de R$ 1,4 bilhão no mesmo período no ano passado. No entanto, as vendas nas lojas subiram 7,5% frente a alta de 6,7 no primeiro trimestre de 2022. De acordo com a empresa, “o aumento foi estimulado, principalmente, pelo avanço na estratégia de aumento da penetração de perecíveis, assim como pelo forte crescimento em mercearia básica.”
No modelo de mercado de proximidade, o grupo registrou um crescimento de 12,4% ante 17,3% do primeiro trimestre de 2022. “Foi uma desaceleração pontual frente ao período imediatamente anterior devido à retomada do período de férias no litoral, após dois anos de medidas restritivas pela pandemia”, afirmou a companhia.
Por fim, a dívida líquida do Grupo Pão de Açúcar, incluindo o valor total de recebíveis não antecipados, atingiu a marca de R$ 3 bilhões. Porém, mesmo sendo um valor alto, o saldo teve redução de 1,6 bilhão em comparação com o ano anterior. Ademais, a posição de caixa no fim do trimestre foi de R$ 3,5 bilhões, valor 3,1 vezes a dívida de curto prazo da companhia.