Na tarde desta quinta-feira, 22, a Marinha dos Estados Unidos confirmou que a tripulação do submarino Titan faleceu após a implosão do submersível em alto mar. O submarino da empresa OceanGate desapareceu em uma missão que iria visitar os destroços do Titanic, levando cinco tripulantes a bordo.
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“Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um espírito de aventura distinto e uma profunda paixão por explorar e proteger os oceanos do mundo”, afirmou a empresa em um comunicado. No submersível, estavam grandes milionários: Hamish Harding , Stockton Rush, Paul Henry Nargeolet, Shahzada e Suleman Dawood.
De onde vinha a fortuna de Hamish Harding?
Harding era um empreendedor inglês, fundador da Action Group, empresa de capital privado com sede no Reino Unido e em Dubai. A empresa inclui a Action Aviation, responsável por ofertar serviços de corretagem, gerenciamento e financiamento de aeronaves, que já vendeu 30 aeronaves comerciais novas e usadas.
Cada unidade foi avaliada em US$ 70 milhões.
Além disso, o bilionário se formou na Universidade de Cambridge, tinha diploma em Ciências Naturais e em Engenharia Química. Harding era casado, então deixou para trás sua esposa e dois filhos. Mesmo sendo indicado como um explorador bilionário, o empresário não aparece no índice da Bloomberg de pessoas mais ricas do mundo.
Ele era acostumado a fazer viagens arriscadas
Harding pagou US$ 250 mil para viajar até os destroços do Titanic, contudo essa não foi a primeira missão arriscada do explorador. Ele também voou com a Blue Origen, um voo ao espaço, onde teve que arcar com o pagamento de US$ 220 mil por um lugar. Além disso, Hamish já havia viajado duas vezes ao Polo Sul. O bilionário também tinha um voo marcado na Virgin Galactic, uma missão que irá iniciar o turismo espacial ainda em 2023.
Hamish não era destemido apenas quando se tratava de viagens. Em março de 2021, ele ganhou o recorde mundial de maior tempo no fundo do oceano, passando quatro horas e 15 minutos no fundo do mar do Challenger Deep, na Fossa das Mariana, em um veículo submerso. O desafio contava com uma profundidade de 10.930 metros.
Ademais, a sua circunavegação mais rápida pelos dois polos levou 46 horas e 40 minutos e foi feita em julho de 2019. Hamish foi o piloto e gerente da missão. Por fim, outro recorde mundial de Hamish no Guinness foi o de maior distância percorrida na parte mais funda do oceano, a 4.364 km.
O feito foi realizado durante um mergulho também na Fossa das Marianas, em 2021.
